Adilson Marques(Dirigente do Luz do Redentor) Laranjal Paulista

Adilson Marques(Dirigente do Luz do Redentor) Laranjal Paulista
Devemos sempre c aminha em direção a Luz, nao desistir frente os tropeços, ter fé, Amar incondicionalmente, e buscar sempre o discernir para verdadeiramente EVOLUIR......PAZ ELUZ!

SERVOS DO AMOR

SERVOS DO AMOR

Hippolyte Léon Denizard Rivail

Hippolyte Léon Denizard Rivail
ALLAN KARDEC

Bezerra de menezes

Bezerra de menezes

terça-feira, 26 de abril de 2011

DEUS AGUARDA


Deus Aguarda
Nunca se creias inútil.

O Caminho para a Vida Superior começa na prestação de serviço aos outros. E as Leis de Deus não te conservariam onde te encontras, se ai não tivessem necessidade de ti.

Reflete e reconheceras que todos os seres, ao redor de teus passos, algo esperam que os mantenha e auxilie.

Erguendo-te, cada manhã, observa e perceberás que todos aqueles que se te associam ao grupo doméstico, aguardam o teu sorriso ou a tua frase encorajadora, nos quais se nutram de equilíbrio para mais um dia de trabalho e de esperança.

Nas tarefas em que te vejas, os companheiros te rogam cooperação.

Na rua, os transeuntes te pedem paciência em que se te expressem o entendimento e a bondade.

E a lista das requisições prossegue aumentando...

O Irmão da experiência comunitária te reclama simpatia, os necessitados aguardam pelo socorro que se te faça possível; o animal te esmola proteção, a planta te requisita respeito, a fonte espera lhe faças a preservação e a defesa, o ambiente em que vives conta contigo, na execução dos próprios deveres, a fim de que a paz felicite a vida de todos... E se estiveres de pensamento acordado, ante os princípios do Bem Eterno, compreenderas, em todas as situações e em todos os lugares, que Deus necessite de tua colaboração e espera por ti.


MEIMEI

OUVINDO O MESTRE


Ouvindo o Mestre
José de Arimatéia, distinto cavalheiro de Jerusalém, não era um amigo de Jesus, à última hora. Efetivamente, não podia aceitar, de pronto, as verdades evangélicas e nem comprometer-se com a nova doutrina. Ligado a interesses políticos e raciais, continuava atento às tradições judaicas, embora observasse carinhosamente o apostolado divino. Sabia orientar-se com elegância e defendia o Nazareno, aparando acusações gratuitas. Impossível considerar Jesus mistificador. Conhecia-lhe, de perto, as ações generosas. Visitara Cafarnaum e Betsaida, reiteradas vezes e, dono de um coração bem formado, condoía-se da sorte dos pobrezinhos. Em muitas ocasiões, examinara possíveis modificações do sistema de trabalho para beneficiar os trabalhadores da gleba. Afligia-o observar criancinhas desprotegidas e nuas, ao longo das casinholas humildes dos pescadores. Por isso, a presença do Messias Nazareno, em derredor das águas, confortava-lhe o rito'>espírito sensível e bondoso, porque Jesus sabia inspirar confiança e despertar alegria no ânimo popular. Não podia segui-lo na posição de apóstolo, mas estimava-o, sinceramente, na qualidade de amigo fiel.

Admirador desassombrado, José não suportava a tentação de apresentá-lo aos amigos prestigiosos e influentes. Não era o propósito propagandístico em sentido inferior que o animava em semelhantes impulsos. Desejava, no fundo, que todos conhecessem o Mestre e o amassem, tanto quanto ele mesmo.

Jesus, porém, se não deixava de atender aos irmãos humildes que lhe traziam os filhos da necessidade e da desventura, não podia endossar os entusiasmos dos amigos que lhe traziam os filhos da fortuna e do poder.

Em razão disso, o seu valoroso admirador de Jerusalém muitas vezes sentiu estranheza, em face do procedimento do Mestre, que se retraía com discrição singular. Os sacerdotes do Templo e autoridades farisaicas, invariavelmente, sentiam-se honrados com a apresentação de romanos ilustres. Mas Jesus era diferente. Guardava uma atitude respeitosa, com admirável economia de emoções e palavras, quando em contato com os poderosos da Terra. Ele, que se revelava alegremente aos pequeninos abandonados, mantinha-se fundamente reservado ante as autoridades intelectuais e políticas, como se fortes razões interiores o compelissem à vigilância.

Conta-se que, certa vez, quando se abeirava do lago, em companhia de Simão Pedro, no radioso crepúsculo de Cafarnaum, eis que lhe aparece José de Arimatéia, fazendo-se acompanhar de três amigos que, pela vestimenta, denunciavam a condição de áulicos imperiais. O prestimoso israelita adiantou-se e, depois de cumprimentar cordialmente o Messias, junto de Simão, apresentou-lhe os companheiros:

- Este é Pompônio Comodiano, patrício notável, com funções de assessor no gabinete do Prefeito dos Pretorianos. Tem sob sua responsabilidade o interesse imediato de inúmeras famílias de servidores do Império.

E, como se quisesse comover o Nazareno, continuava:

- Muitas criancinhas dependem de suas vidência'>providências e pareceres ...

Jesus cumprimentou-o num gesto amigo, e José passou a outro:

- Este é Flávio Graco Acúrcio, questor admirado e cuidadoso, que se responsabiliza por serviços financeiros, desempenhando igualmente funções de juiz criminal. Grandes trabalhos desenvolve, no setor da autoridade administrativa, sendo obrigado a trabalho incessante, como elevado servidor do bem publico.

O Mestre repetiu a saudação, e o amigo apresentou-lhe o último:

- Este é Quintiliano Agrícola, patrício ilustre, que desempenha as funções de Legado do Imperador, em trânsito na província. Já prestou relevantes serviços em Aqüitânia, noutro tempo, e agora dirige-se a Roma, onde prestará relatórios verbais do que observou entre nós. achando-se à frente de importantes responsabilidades referentes ao bem-estar coletivo.

O Mestre saudou e manteve-se em respeitoso silêncio.

Os romanos, que tanto ouviram falar nos prodígios dele, guardavam-no sob o olhar curioso e penetrante.

Alguns minutos passaram, pesadíssimos, até que Pompônio exclamou, depois de alijar pequenina folha seca que o vento lhe depusera na túnica:

- É muito diferente dos nossos magos. É grave e triste ...

- Sim - Acrescentou Acúrcio -, minha feiticeira do Esquilino sente prazer quando lhe dirijo a palavra. Este, porém, não justifica o renome.

- Na Porta d´Ostia - aduziu Agrícola, pedante e sarcástico - temos o nosso adivinho, que nos oferece revelações e sinais. É um feiticeiro admirável. Faz-nos predições absolutamente exatas e conhece todos os acontecimentos de nossa casa, embora se mantenha a grande distância. Não faz muito tempo, descobriu o paradeiro das jóias de Odúlia, que alguns escravos ladrões haviam depositado nos aquedutos.

Movimentava-se a opinião dura e franca dos romanos dominadores, quando José de Arimatéia, desejando uma explicação do Messias, interpelou-o, em tom afável:

- Não tem o Mestre algum sinal para os nossos amigos?

Jesus fixou nos visitantes o olhar muito lúcido e respondeu:

- Já receberam eles o sinal da confiança do Pai, que lhes conferiu, por algum tempo, os cargos que ocupam.

Admirados com a inesperada resposta, os patrícios multiplicaram as perguntas. Queriam demonstrações sobrenaturais, desejavam maravilhas.

O Mestre, porém, depois de ouvi-los com sublime serenidade, ergueu a voz, que eles não ousaram interromper, e falou:

- Romanos, em verdade há feiticeiros que fazem prodígios e magos que distraem os ócios dos homens indiferentes ao destino de sua própria alma. Eu, porém, não vos trago entretenimentos passageiros e sim a solução de interesses eternos do Espírito que nunca morre. Para diversões e prazeres inúteis, tendes os vossos circos cheios de dançarinos e gladiadores. Se desejais, contudo, a Revelação Viva de que sou portador, examinai primeiramente até onde vos comprometereis com César, a fim de servirdes efetivamente a Deus.

Em seguida, fez longa pausa, que os circunstantes não cortaram, e concluiu:

- Em verdade, porém, vos afirmo que se cumprirdes, desde agora, os deveres referentes aos títulos com que vos apresentais, servindo conscientemente a justiça e atendendo aos interesses do bem público, na compreensão fiel das graves responsabilidades que assumistes, estareis com o Pai, desde hoje, e o Pai estará com vós.

Os presentes entreolharam-se, espantados. E quando retornaram a palavra, o Messias Nazareno já se havia despedido de José de Arimatéia e atravessava as águas do grande lago, em companhia de Pedro, em busca da outra margem.


IRMÃO X

OS NEGROS NO BRASIL


Os Negros no Brasil
Sob o domínio espanhol, Portugal sofria todas as conseqüências da sua desídia e imprvidência'>evidência. A Espanha guardava o cetro de um império resplandecente e maravilhoso. Suas frotas poderosas cobriam as águas de todos os mares, carregando os tesouros do México e do Peru, do Brasil e das Índias, os quais faziam afluir para Madrid a mais elevada percentagem de ouro do mundo inteiro.

Até hoje, comenta-se com rito'>espírito a célebre frase de Francisco I, exprimindo o seu desejo de conhecer a disposição testamentária de Adão, que dividira o mundo entre espanhóis e portugueses e o deserdara.

A esse tempo, a terra do Evangelho não é mais conhecida pelo nome suave de Santa Cruz. À força das expressões comuns, dos negociantes que vinham buscar as suas fartas provisões de pau-brasil, seu nome se prende agora ao privilégio das suas madeiras. Os missionários da colônia protestaram contra a inovação adotada; mas, as falanges do Infinito sancionaram a novidade imposta pelo rito'>espírito geral, considerando as terríveis crueldades cometidas na Baía de Guanabara, em nome do mais caridoso dos símbolos. A sanção de Ismael à escolha da nova expressão objetivava resguardar a pátria do Cruzeiro dos perigos da Inquisição, que na Europa fomentava os mais hediondos movimentos em nome do Senhor.

A situação, no Brasil, sob todos os pontos de vista, como a da metrópole portuguesa, era dolorosa e cruel, embora governado por funcionário de Lisboa, segundo as combinações estipuladas na Península.

A raça aborígine e a raça negra sofriam toda sorte de humilhações e vexames. Os índios procuravam o Norte, em busca dos seus amigos franceses, que, expulsos do Rio por Mem de Sá, concentravam suas atividades no Maranhão, onde pretendiam fundar a França Equinocial, preocupado seriamente as autoridades da colônia. A situação gera era a mais deplorável. Ismael e seus abnegados colaboradores sofrem intensamente em seus trabalhos árduos e quase improfícuos, no sentido de organizar o Instituto sagrado da família nas florestas inóspitas, onde os brancos não dispensavam consideração às leis humanas ou divinas, na condição de superioridade que se atribuíam.

Aos céus ascendem os aflitivos apelos dos obreiros invisíveis.

- Senhor! _ exclama Ismael nas suas preocupações _ estendei até nós o manto da vossa infinita misericórdia. Enviai-nos o socorro das vossas bênçãos divinas, para que as nossas vozes sejam ouvidas pelos rito'>espíritos que aqui procuram edificar uma pátria nova. Vêem-se os infortúnios das raças flageladas e sofredoras.

Uma voz suave e meiga lhe responde do Infinito:

- Ismael, nas tuas obrigações e trabalhos, considera que a dor é a eterna lapidária de todos os rito'>espíritos e que o Nosso Pai não concede aos filhos fardo superior às suas forças, nas lutas evolutivas. Abriga aí, na sagrada extensão dos territórios do país do Evangelho, todos os infortunados e todos os infelizes. No meu coração ecoam as súplicas dolorosas de todos os seres sofredores, que se agrupam nas regiões inferiores dos espaços próximos da Terra. Agasalha-os no solo bendito que recebe as irradiações do símbolo estrelado, alimentando-os com o pão substancioso dos sofrimentos depuradores e das lágrimas que lavam todas as manchas da alma. Leva a essas coletividades espirituais, sinceramente arrependidas do seu passado obscuro e delituoso, a tua bandeira de paz e de esperança; ensina-lhes a ler os preceitos da minha doutrina, nos códigos dourados do sofrimento.

Ismael sente que luzes compassivas e misericordiosas lhe visitam o coração e parte com os seus companheiros, em busca dos planos da erraticidade mais próximas da Terra. Aí se encontram antigos batalhadores das cruzadas, senhores feudais da Idade Média, padres e inquisidores, rito'>espíritos rebeldes e revoltados, perdidos nos caminhos cheios da treva das usas consciências polutas. O emissário do Senhor desdobra nessas grutas do sofrimento sua bandeira de luz, como uma estrela d’alva, assinalando o fim de profunda noite.

- Irmãos _ exorta ele comovido _ até ao coração do Divino Mestre chegaram os vossos apelos de socorro ritual'>espiritual. Da sua esfera de brandos arrebóis cristalinos, ordena a sua misericórdia que as vossas lágrimas sejam enxugadas para sempre. Um ensejo novo de trabalho se apresenta para a redenção das vossas almas, desviadas nos desfiladeiros do remorso e do crime. Há uma terra nova, onde Jesus implantará o seu Evangelho de caridade, de perdão e de amor indefiníveis. Nos séculos futuros, essa pátria generosa será a terra da promissão para todos os infelizes. Dos seus celeiros inesgotáveis sairá o pão de luz para todas as almas; mas, preciso se faz nos voltemos para o seu solo virgem e exuberante a construir-lhe as bases com os nossos sacrifícios e devotamentos. Ali encontrareis, nos carreiros aspérrimos da dor que depura e santifica, a porta estreita para o céu de que nos fala Jesus nas suas lições divinas. Aprendereis, no livro dos padecimentos salvadores, a gravar na consciência os sagrados parágrafos da virtude e do amor, na epopéia da luz da solidariedade, na expiação e no sofrimento. Sabei que todas as aquisições da filosofia e da ciência terrestres são flores sem perfume, ou luzes sem calor e sem vida, quando não se tocam das claridades do sentimento. Aqueles de vós que desejarem o supremo cominho venham para nossa oficina de amor, de humildade e redenção.

E aí, nas estradas escuras e tristes da angústia ritual'>espiritual, viu-se, então, que falanges imensas, ansiosas e extasiadas, avançavam com fervorosa coragem para as clareiras abertas naquela mansão de dor e de sombras. Todos queriam, no seu testemunho de agradecimento, beijar a bandeira sacrossanta do mensageiro divino. O seu emblema _ Deus, Cristo e Caridade _ refulgia agora nas penumbras, iluminando todas as coisas e clarificando todos os caminhos. As esperanças reunidas, daqueles seres infortunados e sofredores, faziam a vibração de luz que então aclarava todas as sendas e abriam todos os entendimentos para a compreensão das finalidades, das determinações sublimes do Alto.

Essas entidades evolvidas pela ciência, mas pobres de humildade e de amor, ouviram os apelos de Ismael e vieram construir as bases da terra do Cruzeiro. Foram elas que abriram os caminhos da terra virgem, sustentando nos ombros feridos o peso de todos os trabalhos. Nesse filão de claridades interiores, buscaram as pérolas da humildade e do sentimento com que se apresentaram mais tarde a Jesus, no dia, que lhes raiou, de redenção e de glória.

Foi por isso que os negros do Brasil se incorporaram à raça nova, constituindo um dos baluates da nacionalidade, em todos os tempos. Com as suas abnegações santificantes e os seus prantos abençoados, fizeram brotar as alvoradas do trabalho, depois das noites primitivas. Na Pátria do Evangelho têm eles sido estadistas, médicos, artistas, poetas e escritores, representando as personalidades mais eminentes. Em nenhuma outra parte do planeta alcançaram, ainda, a elevada e justa posição que lhes compete junto das outras raças do orbe, como acontece no Brasil, onde vivem nos ambientes da mais pura fraternidade. É que o Senhor lhes assinalou o papel na formação da terra do Evangelho e foi por esse motivo que eles deram, desde o princípio de sua localização no país, os mais extraordinários exemplos de sacrifício à raça branca. Todos os grandes sentimentos que nobilitam as almas humanas eles os demonstraram e foi ainda o coração deles, dedicado ao ideal da solidariedade humana, que ensinou aos europeus a lição do trabalho e da obediência, na comuna fraterna dos Palmares, onde não havia nem ricos nem pobres e onde resistiram com o seu esforço e a sua perseverança, por mais de setenta anos, escrevendo, com a morte pela liberdade, o mais belo poema dos seus martírios nas terras americanas.

Por toda parte, no país, há um ensinamento caricioso do seu resignado heroísmo, e foi por essa razão que a terra brasileira soube reconhecer-lhes as abnegações santificadas, incorporando-os definitivamente à grande família, de cuja direção muitas vezes participam, sem jamais se esquecer o Brasil de que os seus maiores filhos se criaram para a grandeza da pátria, no generoso seio africano.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

PERANTE A MEDIUNIDADE


Perante a Mediunidade
A predisposição mediúnica é atributo do Espírito que o corpo reveste de células, a fim de propiciar o intercâmbio entre os seres que estagiam em áreas de vibrações diferentes, especialmente os desencarnados relacionando-se com os encarnados ou estes últimos com os seus pares.

À semelhança da inteligência que tem suas raízes no ser imortal e se expressa través dos neurônios cerebrais, apresenta-se a mediunidade sob um elenco amplo de características e tipos.

Ostensiva em alguns indivíduos prescinde das qualidades morais do seu portador, tornando o fenômeno cristalino, espontâneo, que irrompe de maneira, não raro, violenta, até que a educação necessária discipline o seu fluxo e exteriorização.

Inerente a todos os homens e mulheres, pode surgir tênue e sutil, que o exercício bem direcionado termina por ampliar-lhe a área psíquica de captação.

Seja, porém, sob qual aspecto se manifeste, objetiva a comprovação da imortalidade do ser e oferece o contributo valioso de desvendar a vida além do túmulo, propiciando a compreensão da realidade do mundo causal, assim como as implicações do seu comportamento moral em relação a si mesmo, ao próximo e à Vida.

A mediunidade, no passado, predominava na intimidade dos santuários, oferecendo preciosos parâmetros para que os seres humanos se conduzissem com equilíbrio, e, lentamente, se identificassem com o mundo soberano e triunfador da sobrevivência.

À medida, porém, que os tempos evoluíram, libertou-se da indumentária das superstições que a vestiam, passando pelo profetismo, pelas revelações, para ocupar o lugar de sentido parafísico incorporado aos sensoriais, dando surgimento ao ser transpessoal, paranormal.

Não obstante todas as conquistas do pensamento científico e filosófico com que a Doutrina Espírita a vem desvelando, permanece teimosamente ignorada por grande número de pessoas, quando não é confundida com alucinações patológicas, por determinadas áreas do preconceito acadêmico, ou fenômeno sobrenatural, capaz de realizar milagres, tornando-se mítica pela visão distorcida do fanatismo.

A mediunidade prossegue, desse modo, desafiando os interessados e estudiosos do ser humano, a fim de ocupar o lugar que merece e lhe está reservado no contexto das conquistas paranormais da atualidade.

Neutra, sob o ponto de vista ético, pode apresentar-se exuberante em indivíduos destituídos de caráter saudável e sentimentos elevados, tanto quanto sutil e quase inapercebida em pessoas ricas de valores morais e qualidades superiores da conduta.

Apresentando-se fecunda, não significa, necessariamente, que o seu portador seja Espírito nobre ou missionário com sacerdócio relevante. Da mesma maneira, ao externar-se sutilmente, não implica ser destituída de objetivo ou significado.

Em ambos os casos pode ser tida como instrumento hábil de serviço, facultando o crescimento interior do medianeiro, que a deve dignificar mediante exemplos salutares de elevação de princípios, tanto quanto de conduta assinalada pelo amor, pela solidariedade humana, pela dedicação aos postulados do Bem.

O exercício sistemático das forças físicas, o hábito edificante da oração e da meditação, o equilíbrio mental sustentado pelos bons pensamentos constituem os equipamentos valiosos para que alcance a superior finalidade para a qual é concedida ao ser humano, que a incorporará ao seu cotidiano como recurso-luz para a felicidade.

Nabocudonosor, rei da Assíria, perverso e venal, apresentava mediunidade atormentada, que o tornava obsidiado periodicamente.

Tirésias, na Grécia, era instrumento dos seres espirituais, vivendo com equidade e justiça.

Os profetas hebreus, na austeridade da conduta que se impunham, sintonizavam com o Mundo Maior, de onde recebiam inspiração e diretrizes para a sua e as épocas futuras.

Jesus, o Excelente Médium de Deus, tornou-se o exemplo máximo de como se deve conduzir todo aquele que se faz ponte entre o mundo espiritual e o físico.

Médiuns, todos o somos em ambos os planos da vida, cabendo a cada um adaptar-se à faculdade e aprimorá-la, para servir com dignidade, construindo a sociedade que realize a perfeita identidade com o mundo espiritual embora se encontre mergulhado no escafandro carnal.

A mediunidade prossegue desafiando os interessados e estudiosos do ser humano...


MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA

FAMILIARES PROBLEMAS


Familiares Problema
Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.

Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.

Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.

Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.

Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.

É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.

Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.

Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.

Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.


EMMANUEL

segunda-feira, 4 de abril de 2011

CAPACITAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA O SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA E PROMOÇÃO SOCIAL


Capacitação de Voluntários para o Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita

O Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita da Federação Espírita do DF promoverá capacitação para a formação básica de voluntários.

O objetivo é facilitar a implantação e/ou o aperfeiçoamento do Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita nas Casas Espíritas do DF, adaptando e atendendo às necessidades locais.

As inscrições começam dia 10 de abril e seguem até 19 de maio, seguindo o cronograma de cada CRD. Mais informações: janete_caldas@hotmail.com e frassinetegalvao@yahoo.com.br


Fonte: FEB

USE-SP, REALIZA ENCONTRO EM SEMANA DA PÁSCOA


USE-SP realiza encontro na semana da Páscoa

Departamento de Mocidade da USE convida para encontro de Páscoa - “O Essencial é Invisível aos Olhos Em busca das respostas interiores para viver os prazeres da Alma”.

A cada ano, na chamada “Semana Santa”, especificamente no final de semana da Páscoa, grupos de jovens espíritas se reúnem para a realização de Encontros organizados pelo Departamento de Mocidade da USE (o DM/USE). Esses encontros têm como objetivo possibilitar a confraternização dos membros das Mocidades Espíritas, estudo da Doutrina Espírita, estímulo à vivência dos princípios espíritas e a participação e integração dos jovens nos trabalhos de Mocidade Espírita e Movimento Juvenil de Unificação. Cada uma das quatro regiões administrativas do DM/USE tem seus encontros, que acontecem simultaneamente unindo os jovens espíritas de São Paulo num mesmo ideal.

Na 1ª Assessoria, que abrange o Leste do Estado, temos a COMELESP, na 2ª, no Centro-Leste, a COMECELESP, na 3ª Assessoria, no Norte do Estado, é a COMENESP, e na 4ª é a COMENOESP, no Noroeste. Porém como foi dito, a cada 5 anos as 4 Confraternizações de Mocidades Espíritas Seccionais de São Paulo se reúnem em um mesmo encontro: a COMJESP.

Para 2011, nossa cidade sede é Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Durante os dias 21, 22, 23 e 24 de abril, será desenvolvido o tema “O Essencial é Invisível aos Olhos - Em busca das respostas interiores para viver os prazeres da Alma”.

Realizada pelo Departamento de Mocidade da USE, a COMJESP já está envolvendo boa parte dos jovens espíritas de São Paulo, a final de contas esperamos reunir mais de 1.000 jovens neste encontro.

Várias mocidades do vale já confirmaram presença!
Faça como elas! Participe! Vamos aproveitar para aprendermos, trocarmos experiências e fazermos amizades com jovens de todo o estado!

Agora que você já tem algumas informações importantes sobre a COMJESP, é hora de iniciar sua inscrição para fazer parte deste grande evento, que será um marco na história do movimento juvenil de unificação no estado de São Paulo. Toda a alegria contagiante que nos evolverá nesses quatro dias, fortalecerá os laços de amizade, favorecerá a criação de novas amizades, além dos encontros e reencontros.
Vamos juntos, afinal de contas “Juntos podemos fazer muito mais”.


Fonte: USE-SP - União das Sociedades Espíritas de São Paulo



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MEDICINA E ESPIRITUALIDADE JUNTAS EM GOIÂNIA


Medicina e Espiritualidade juntas em evento em Goiânia

Nos dias 29 e 30 de abril de 2011, a Associação Médico-Espírita de Goiás realizará o I Simpósio Goiano de Medicina e Espiritualidade e a I Jornada Médico-Espírita de Goiás. Na ocasião, haverá o lançamento do livro O Passe Como Cura Magnética.

Marlene Nobre, Joaquim Tomé de Souza, Paulo Verlaine Borges, Ângela Alessandri, Célia Dantas, Antônia Marilene, Jorge Cecílio Daher Jr., Sérgio Vêncio e Giselle Fachetti Machado são os palestrantes já confirmados.

Os temas apresentados serão "O Passe Como Cura Magnética, "Trajetória Evolutiva do Princípio Espiritual", "Visão Espiritual do TDAH", "Espiritualidade no Cuidar de Pessoas com Agravos à Saúde", "Física Quântica, Medicina e Espiritualidade", "A Alma do Coração", "Espiritismo e Neurociências", "Tratamento Espiritual das Doenças Físicas", "Bases Científicas e Morais em Favor da Vida" e "O Poder Incomparável do Amor".

Haverá espaço destinado para um breve debate com o público, além de momento artístico.

As atividades acontecerão no Auditório do Conselho Regional de Medicina de Goiás, Rua T-27, nº 148, Setor Bueno, Goiânia, GO.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (62) 9624-3556.



NOTÍCIAS

BENEFICIOS OCULTOS SEMPRE PRESENTES


Benefícios Ocultos Sempre Presentes
Do magnífico livro TRAMAS DO DESTINO (Ed. FEB, Divaldo/Philomeno de Miranda), transcrevo linda página do capítulo 4, para reflexão dos leitores.
"(...) Esses Benfeitores amorosos não liberam os seus tutelados da canga do sofrimento de que necessitam por impositivo dos próprios erros, que lhes cumprem resgatar, recompondo as paisagens humanas que ficaram ermas, em fase da sua instância infeliz. Se o fizessem, seria, antes, uma atitude arbitrária de injustiça, o que constituiria derrogação da leis soberanas que regem a vida, em nome de um falso amor, mais conivência com o erro que estrutura de sabedoria iluminativa e libertadora a benefício geral. Todavia, inspiram decisões felizes, evitam ciladas odientas, que aumentam o padecimento, em virtude da rebeldia a que se arrojam os incautos com a soma das cargas imprevisíveis que arrostam e a que se impõem, danosas; impregnam-nos de forças superiores decorrentes da oração e do intercâmbio psíquico, que estabelecem e mantêm em psicosfera de harmonia e esperança; induzem pessoas ao bem e facultam fatores que auxiliam, atenuando os testemunhos; iluminam a consciência e ativam as lembranças passadas, reavendo-as dos arquivos da memória, a fim de perceberem que a indefraudável justiça divina é também amor, e que o amor é mais apurada metodologia existente para a libertação e aprendizagem do espírito sequioso de evolução; amparam, moralmente, com a sua presença e tornam-se faróis íntimos a apontarem rumo na noite das provações santificadoras. (...)"
Texto claro para nossas reflexões diante das dificuldades todas que todos enfrentamos, convidando-nos à sintonia com esses abnegados amigos anônimos e silenciosos que nos estimulam à superação das lutas. Procuremos sempre lembrar da presença deles em nosso cotidiano, facilitando inclusive o bem estar que tanto precisamos. Eles estão sempre a nos beneficiar em nome do amor, embora silenciosamente e discretamente, porém constantemente presentes nas lutas, com a inspiração do amor, do estímulo, convidando-nos a prosseguir com perseverança.
E aliás, recordemos que o trabalho é realmente o apoio indispensável. A fuga ou o abandono da tarefa espírita, em função do acúmulo de dificuldades enfrentadas, pode significar o agravamento das limitações. Não em virtude de abandono deles, mas pela ausência em nós do polo de ligação com eles: a sintonia com a tarefa da fraternidade, o compromisso doutrinário da perseverança ou a prioridade dos valores espirituais.
Por isso, uma vez mais, bendito o trabalho espírita! Bendito o Centro Espírita que nos possibilita as oportunidades de crescimento, através do trabalho...


ORSON CARRARA

BASTA QUE SAIBAS


Basta que Saibas
É tão fácil ser feliz - basta que saibas viver.
Basta que saibas compreender as atitudes mais incoerentes.
Basta que não te escandalizes com ninguém.
Basta que tudo vejas com naturalidade.
Basta que te contentes com o que tens e com o que és.
Basta que não te aflija para ser depressa mais do que te é possível.
Basta que não ambiciones o que não é teu.
Basta que executes o teu trabalho.
Basta que faças o óbvio e não o extraordinário.
Basta que te mostres disposto a perdoar, sem ofender a quem seja.
Basta que, na Terra, não permaneças na expectativa de felicidade absoluta.


IRMÃO JOSÉ

MADRUGADA EXUBERANTE


Madrugada Exuberante
A noite esplendente de círios estrelares banhava-se de suave luar, que se refletia sobre as águas tranqüilas do mar espelho.
O dia havia sido caracterizado por amena temperatura, enriquecido simultaneamente por incontáveis emoções.
Sucediam-se as experiências no convívio com as massas humanas, incessantes, com suas aflições que recordavam ondas contínuas espraiando-se nas areias imensas salpicadas de seixos e conchas variadas.
O hinário da Boa Nova era cantado na região por quase todas as bocas, mas, as interpretações variavam de acordo com as necessidades de cada qual.
Tinha-se a impressão que os Céus haviam descido à Terra e se fundiram umas nas outras as canções de amor e os lamentos clamorosos, que logo após silenciaram suas vozes desesperadas.
Jesus constituía, sem dúvida, o divisor das águas e daqueles dias turbulentos...
Os discípulos haviam acompanhado o Mestre durante o aconselhamento à uma desesperada mãe, que Lhe buscara o socorro, face à perda do filho amado que o anjo da morte arrebatara.
O desespero da suplicante logo se transformara em tranqüila e dúlcida alegria que lhe colocara luz brilhante nos olhos antes amortecidos pela aflição.
Como a morte sempre era temida e certamente detestada, utilizando-se da noite harmoniosa, na qual o Amigo parecia aguardar as inquietações dos discípulos, sentado diante do mar ornado da luz da lua, musicada pelos ventos suaves e pelo espreguiçar das vagas macias nas areias úmidas, formou-se o grupo gentil, cujo silêncio foi quebrado pela voz de João, o jovem que O amava com arrebatamento.
Havia uma doce magia no ar, que bailava no velário das sombras salpicadas de pingentes de prata...
— Como entender a morte, Mestre querido – indagou o discípulo ansioso – que sempre nos ameaça e apavora? Ante a sua inexorável fatalidade, nossos dias perdem a cor e a beleza, quase tirando-nos a razão de existir. Como entender a hedionda mensageira da sombra?
O nobre Guia desenhou tranqüilo sorriso na face banhada pelo argênteo luar, e respondeu com doçura:
A morte não é mensageira da sombra, nem do pavor, mas a missionária da vida imperecível. É a incompreendida intermediária entre Deus e os seres sencientes, encarregada de reconduzir os homens ao verdadeiro lar, após terem encerrado os seus compromissos na escola terrestre. Suavemente ou mediante ação abrupta, sem agressão nem receio, convoca reis e vassalos, mendigos e poderosos, crianças e anciãos, sadios ou enfermos ao despertar do sono fisiológico, fazendo-os volver ao país da consciência desperta, ao Grande Lar.
Portadora de alta responsabilidade, apresenta-se com a mesma nobreza a todos os seres, desvestindo-os das pesadas roupagens da ilusão, para a vivência da realidade inevitável. Sem o seu árduo trabalho a vida não teria qualquer sentido e o corpo se decomporia durante a existência, que se alongaria sem limite com tormentos inimagináveis... Para uns, todavia, é a misericórdia que chega em momento máximo, para outros, trata-se da libertação do cativeiro. Alguns a tomam como cruel inimiga, enquanto diversos a odeiam com rebeldia. Não obstante, impávida, faz-se instrumento da Vida para a grandeza do ser indestrutível.
— E o sofrimento, Senhor, que ela impõe – voltou, à carga, o discípulo receoso -, não dilacera a alma daqueles que ficam?! Morrer, afinal, dói?
O incomparável Benfeitor alongou o olhar pela noite feliz, e após breve reflexão, elucidou:
— A Casa de meu Pai tem infinitas moradas. Cada flor de luz que brilha ao longe é um pouso feliz que nos aguarda após vencidas as batalhas terrenas. Para alcançá-lo é necessário descer aos vales humanos nas roupas densas da matéria, a fim de tecer as delicadas asas de luz que nos erguerão aos seus planos quase divinos. Sem a morte compassiva e misericordiosa, isso não seria possível. Passo a passo, o viajante vence as distâncias no mundo físico. Da mesma forma, graças à morte-vida, à vida-após-a-morte desaparecem os abismos que medeiam entre os sublimes lares que voam na amplidão e a pequenina Terra onde nos encontramos.
Silenciando novamente por breves segundos, com específica entonação de voz, prosseguiu:
— Morrer não dói. O desprendimento é suave para os justos e inquietante para aqueles que são portadores de consciência culpada. O trânsito que leva à liberdade entre o cárcere e o horizonte largo, sem barreira, é sempre rico de expectativa e não de sofrimento. A marcha, porém, de cada qual, é resultado da conduta vivenciada no período do cativeiro. Quem considera o corpo como a única realidade, sofre decepção e angústia, medo de o abandonar e apego à forma em decomposição, fenômeno que se alonga por largo período, enquanto dure a alucinação. No entanto, quem o utilizou como educandário de iluminação para o espírito, deixa-o, qual borboleta ditosa que abandona o casulo pesado para flutuar na leve brisa do dia... A morte após o dever cumprido transforma-se em madrugada iridescente, que é o pórtico da imortalidade ditosa, onde o amor inunda o recém-liberto de alegria, sem dor nem saudade da caminhada terrestre.
É necessário viver de maneira que a morte lhe signifique prosseguimento, sem qualquer interrupção, conduzindo o ser no rumo da plenitude, da paz inefável.
Fez novo silêncio repassado de emoção, que igualmente dominava os ouvintes, logo dando continuidade:
— Eu vim para que todos tenhais vida em abundância no meu reino, que se amplia além das fronteiras da morte. Sem ela, não o alcançareis. Superando os desafios e vencidas as paixões, o ser se sutiliza e passa a habitar em mundo feliz, sem angústia ou ansiedade alguma.... A fim de o conseguir, torna-se indispensável que o amor e o dever diluam as sombras da ignorância que encarceram nas masmorras da carne o desavisado, sem permitir-lhe os vôos libertadores que anela realizar.
Quando se calou, os amigos tinham lágrimas que não se atreviam a descer da comporta dos olhos. Saudades de seres amados e gratidão pelo que lhes haviam oferecido, esperanças de vitórias futuras sobre as pesadas algemas dos desejos, das falsas necessidades e sonhos de felicidade, mesclavam-se nos seus sentimentos, e eles entenderam que o corpo é meio, é veículo de condução, mas o Espírito é o imperecível instrumento do Pai Criador, que nos aguarda nos penetrais do Infinito, e que a morte libera da injunção penosa.
A noite harmônica e perfumada, então dominada pelo lucilar dos astros e as ânsias da Natureza, insculpiu no ádito daqueles corações a mensagem da imortalidade, enquanto o Mestre os preparava para a madrugada resplandecente do futuro reino dos Céus.


AMALIA RODRIGUES