Adilson Marques(Dirigente do Luz do Redentor) Laranjal Paulista

Adilson Marques(Dirigente do Luz do Redentor) Laranjal Paulista
Devemos sempre c aminha em direção a Luz, nao desistir frente os tropeços, ter fé, Amar incondicionalmente, e buscar sempre o discernir para verdadeiramente EVOLUIR......PAZ ELUZ!

SERVOS DO AMOR

SERVOS DO AMOR

Hippolyte Léon Denizard Rivail

Hippolyte Léon Denizard Rivail
ALLAN KARDEC

Bezerra de menezes

Bezerra de menezes

domingo, 29 de agosto de 2010

ESMOLA E CARIDADE

Esmola e Caridade
Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.

Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.

Exemplos? Eis alguns:

Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.

Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.

Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.

Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.

Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.

Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.

Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.

Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.

Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.

Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.

Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.

Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.

Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.

Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.

Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.

Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.

Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.

Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.

E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.

Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.

Porquê?

É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.

Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.

Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!

Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.

Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."

* * *

Calligaris, Rodolfo. Da obra: As Leis morais.
8a edição. Rio de Janeiro, RJ:FEB, 1998.

A SERPENTE E O SÁBIO

A Serpente e o Sábio
Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:

- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Os Mensageiros.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
FEB, 1944.

O APRENDIZ DESAPONTADO

O Aprendiz Desapontado
Um menino que desejava ardentemente residir no Céu, numa bonita manhã, quando se encontrava no campo, em companhia de um burro, recebeu a visita de um anjo.

Reconheceu, depressa, o emissário de Cima, pelo sorriso bondoso e pela veste resplandecente.

Alucinado de júbilo, o rapazelho gritou:

-Mensageiro de Jesus, quero o paraíso! Que fazer para chegar até lá?!

O anjo respondeu com gentileza:

-O primeiro caminho para o Céu é a obediência e, o segundo é o trabalho.

O pequeno, que não parecia muito diligente, ficou pensativo.

O enviado de Deus então disse:

-Venho a este campo, a fim de auxiliar a Natureza que tanto nos dá.

Fixou o olhar mais docemente na criança e rogou:

-Queres ajudar-me a limpar o chão, carregando estas pedras para o fosso vizinho?

O menino respondeu:

-Não posso.

Todavia, quando o emissário celeste se dirigiu ao burro, o animal prontificou-se a transportar os calhaus, pacientemente, deixando a terra livre e agradável.

Em seguida, o anjo passou a dar ordens de serviço em voz alta, mas o menino recusava-se a contribuir, enquanto o burro ia obedecendo.

No instante de mover o arado, o rapazinho desfez-se em palavras feias, fugindo à colaboração. O muar disciplinado, contudo, ajudou, quanto pôde, em silêncio.

No momento de preparar a sementeira, verificou-se o mesmo quadro: o pequeno repousava e o burro trabalhava.

Em todas as medidas iniciais da lavoura, o pesado animal agia cuidadoso, colaborando eficientemente com o lavrador celeste; entretanto, o jovem, cheio de saúde e leveza, permaneceu amuado, a um canto, choramingando sem saber por que e acusando não se sabe a quem.

No fim do dia, o campo estava lindo.

Canteiros bem desenhados surgiam ao centro, ladeados por fios de água benfeitora.

As árvores, em derredor, pareciam orgulhosas em protegê-los. O vento deslizava tão manso que mais se assemelhava a um sopro divino cantando nas campânulas do matagal.

A Lua apareceu espalhando intensa claridade.

O anjo abraçou o obediente animal, agradecendo-lhe a contribuição. Vendo o menino que o mensageiro se punha de volta, gritou, ansioso:

-Anjo querido, quero seguir contigo, quero ir para o Céu!...

O Emissário divino respondeu, porém:

-O paraíso não foi feito para gente preguiçosa. Se desejas encontrá-lo, aprende primeiramente a obedecer como o burro que soube receber a bênção da disciplina e o valor da educação.

E assim esclarecendo subiu para as estrelas, deixando o rapazinho desapontado, mas disposto a mudar de vida.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã.
Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.
11a edição. Rio de Janeiro: FEB, 1996.

COMPREENDENDO O PROXIMO

Um compositor de música popular brasileira escreveu, certa vez, que Só as mães são felizes.

Certamente, ao assim se expressar, não estava afirmando serem as mães privilegiadas por Deus com felicidade exclusiva.

Tampouco pretendia que se considerasse as mães como figuras alienadas, alheias às dores do mundo, não se infelicitando, portanto, com as desditas da vida, o que as tornaria pessoas felizes.

Mas, então, que felicidade é essa, de que só as mães são portadoras? De onde nasce essa capacidade de ser feliz que toda mãe carrega em sua intimidade?

Ao analisarmos as relações das mães do mundo com seus filhos, veremos sempre o amor, a alegria e a felicidade permeando essa convivência.

As mães são capazes de amar seus filhos, independente de qualquer situação. A mãe de um filho envolvido na drogadição, de um filho déspota, de um criminoso ou de um alienado, amam-no mesmo assim.

Conseguem amar, não pelo que seus filhos são, mas apesar do que enxergam naquilo que seus filhos apresentam.

Amam, não porque idealizam a figura do filho. Mas porque compreendem as suas dificuldades e limitações. Dessa compreensão nasce o entendimento e a alegria da convivência.

Temos grandes lições para aprender com as mães. Se a felicidade delas nasce da compreensão que têm de seus filhos, comecemos hoje a ensaiar nossos passos para compreender o próximo, a fim de também sermos felizes.

A compreensão é a melhor substituta do julgamento, que tantas vezes fazemos em relação ao próximo.

Se alguém se comporta de uma maneira que não era a esperada, já estamos prontos a julgar e a condenar. Poucas vezes nos perguntamos por que agiu dessa maneira.

Se alguém nos trata de maneira ríspida e grosseira, de pronto o classificamos com os adjetivos que achamos próprios para tal situação, sem buscar compreender porque estaria agindo dessa forma.

Por vezes, atrás da atitude que nos desagrada, está escondida a sua dor, a sua dificuldade ou o seu medo. E sem querer compreender, sem nos esforçarmos para entender ao nosso próximo, apenas julgamos.

A compreensão nasce do entendimento de que nenhum de nós está isento dos erros e dos tropeços no relacionamento humano. Erramos muitas vezes por fragilidade emocional e moral. Não por maldade.

O exercício da compreensão nos fará mais felizes, ao aprendermos a olhar o próximo com a benevolência e o entendimento de quem sabe que todos estamos sujeitos a erros.

Evitemos atitudes precipitadas, palavras mal colocadas e arrependimentos futuros.

Compreendendo as limitações alheias, entendendo que todos passamos por dificuldades vez por outra, fará com que nossos relacionamentos fiquem mais leves.

Lembrar que só conseguimos oferecer ao outro aquilo que já dispomos como conquistas na nossa intimidade emocional, nos ajudará a compreender porque existem os que exigem tanto e oferecem tão pouco nos relacionamentos humanos.

Exercitemos compreensão. Não criemos expectativas falsas em relação ao próximo, desde que nos encontramos todos em aprendizado, imperfeitos ainda.



Redação do Momento Espírita.
Em 20.08.2010

A RAZÃO E O DEVER

As reclamações a respeito de dificuldades são comuns entre os homens.

De forma aberta ou velada, incontáveis pessoas dão a entender que se consideram injustiçadas pela vida.

Reputam merecer mais do que têm.

Desejariam ter esposas ou esposos mais compreensivos.

Gostariam que seus filhos fossem mais estudiosos e comportados.

Apreciariam dispor de mais salário e menos trabalho.

Reclamam das agruras da profissão.

Consideram qualquer dificuldade, física ou moral, sumamente injusta.

Doenças são uma catástrofe imerecida, problemas financeiros representam um desastre iníquo.

É comum ouvir-se alguém falar do desejo de jogar tudo para o ar e sumir.

Como bem poucos o fazem, tem-se aí um certo sinal de maturidade.

Entretanto, a real maturidade se revelaria ao assumirmos a própria realidade, tal qual se apresenta, sem reclamações.

A Lei Divina é perfeita e cuida de todos.

No mundo há homens injustos, mas não injustiçados.

Sempre se tem, em qualquer drama, um processo de retificação e aperfeiçoamento.

O dever mais elementar entre os homens reside na fraternidade.

Eles se devem amparar mutuamente.

Contudo, vítimas injustiçadas a rigor não existem no mundo.

Nas situações mais dolorosas, há uma matriz no passado, a clamar por correção.

A vida é inesgotável, ninguém jamais dela escapa ou consegue burlar suas regras de equilíbrio.

Assim, importa prestar muita atenção nos próprios deveres.

A razão se ilumina pela reflexão a respeito da Justiça e da Bondade Divinas.

Sendo Deus sumamente justo e bom dá a Seus filhos o que merecem e precisam.

E também manifesta por eles grande desvelo, na figura de moratórias e oportunidades de utilização do bem para retificar o mal.

* * *

Com sua razão esclarecida por essas reflexões, procure encarar seus deveres de modo positivo.

O trabalho não é um castigo, mas uma forma de ser útil ao progresso coletivo.

Não busque folgas demais, para não gastar mal o precioso tempo que a Misericórdia Divina lhe facultou.

Veja nos irmãos de trato difícil seus credores de erros do pretérito.

Agora, mais digno e maduro, você tem condições de amparar, compreender e perdoar.

Seu exemplo de conduta digna pode ser um farol nas existências dos que o rodeiam.

Identifique em cada crise uma chance de se superar.

Se a vida lhe exige certos tributos, você pode e deve dá-los.

Submeta-se aos Desígnios Superiores e faça o seu melhor.

O dever bem cumprido é o seu passaporte para a felicidade.

Pense nisso.



Redação do Momento Espírita.
Em 24.08.2010

MENSAGEN...

Algo a Fazer




"...Eu faço sempre as coisas que
são do seu agrado."(João-8:29)


Faça a sua parte, mesmo que seja a
modesta contribuição do silêncio.


Dê a mão em auxílio a alguém, embora
não disponha de mais, além dela.


Contribua com a homenagem do seu
respeito à vida.


Ofereça a parcela que outros não
sentem inclinação de doar: varrer
uma casa, lavar o chão, enxugar
o suor num rosto doentio.


Proponha a palavra simples e nobre
do perdão, quando surgir oportunidade
junto aos contendores que se digladiam.


Sugira o olvido, quando corações
aflitos desejarem revidar os
remoques sofridos.


Apague a sua presença para que
os outros sejam vistos, apesar de
você reconhecer que o triunfador
não é aquele a quem a
multidão ovaciona.


Insista no burilamento íntimo.
Você sabe que os outros não têm o
dever de compreender o que você
pensa, enquanto você se propôs
espontaneamente a todos entender:
Neste momento, você pode construir
a felicidade no coração, facultando
novos horizontes à alma sedenta de
luz e amplidão.


Marco Prisco

Psicografado por Divaldo P. Franco

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O ESPIRITISMO E OS SONHOS





O Espiritismo não faz interpretação de sonhos. Eles reproduzem as impressões que o Espírito recebeu nos momentos em que se libertou do corpo físico e podem expressar ou não o que aconteceu nesses momentos. Por outro lado, os sonhos possuem uma importância, seja como mensagens do nosso inconsciente - registros desta ou de existência anteriores - ou como lembranças de experiências de nosso Espírito fora do corpo, no contato com outros Espíritos. No entanto, muito cuidado. Os sonhos precisam ser considerados como probabilidades e não certezas, pois podem simbolizar algo muito diferente ou até mesmo oposto daquilo que aparenta.



Os sonhos têm muitas causas e podem ser entendidos de muitas formas. Eles não precisam ser encarados como negativos e podem ser acolhidos, não em busca de interpretações definitivas, mas promovendo reflexões construtivas. Em casos em que o tipo de sonhos ou a repetição dos mesmos estejam causando medos ou ansiedade para o indivíduo, o recomendável é procurar um analista ou um grupo psicoterápico especializado no assunto.




Ressaltamos o alerta com Allan Kardec, que dedica o capítulo 8 de 'O Livro dos Espíritos' ao fenômeno da emancipação da alma, onde desenvolve um estudo sobre o sono e os sonhos. Questionando a Espiritualidade Superior sobre o significado dos sonhos, foi informando que eles "não são verdadeiros como entendem os ledores de sorte, pelo que é absurdo admitir que sonhar com uma coisa anuncia outra. Eles são verdadeiros no sentido de apresentarem imagens reais para o Espírito, mas que frequentemente, não tem relação com o que se passa na vida corpórea. Muitas vezes, ainda são uma recordação, outras, um pressentimento do futuro, se Deus o permite, ou a visão do que se passa no momento em outro lugar, a que a alma se transporta" (questão 404). Os Benfeitores amigos vão além e distinguem dois tipos de sonhos: aqueles que resultam de uma perturbação decorrente da partida e volta do Espírito durante a emancipação pelo sono, que mescla elementos da vida de vigília e aqueles que são lembranças de nossas atividades espirituais. E alertam: "procurai distinguir bem essas duas espécies de sonho dentre os que vos lembrais; sem isso, caireis em contradições e erros que serão funestos à vossa fé”. (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos').




André Luiz faz algumas considerações sobre o tema no livro 'Conduta Espírita' (psicografia de Waldo Vieira). No capítulo 30, com o título "Perante os Sonhos", alerta que devemos encarar com naturalidade os sonhos, sem nos preocupar aflitivamente com quaisquer fatos ou ideias que se reportem a eles. Ao invés de buscarmos interpretações complexas, identifiquemos sempre os objetivos edificantes das cenas e histórias percebidas nos sonhos. André Luiz alerta ainda que não devemos dar guarida às interpretações supersticiosas, principalmente àquelas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos. Além disso, é preciso considerar que a grande maioria dos sonhos é resultado de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico.




Por fim, lembremos André Luiz, que nos informa da necessidade de “preparar um sono tranquilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregarmo-nos ao repouso normal” (do livro 'Conduta Espírita', capítulo 30). Orientação semelhante nos traz Martins Peralva, afirmando que “o esforço de evangelização de nossas vidas e a luta incessante pela modificação dos nossos costumes, objetivando a purificação dos nossos sentimentos, dar-nos-ão, sem dúvida, o prêmio de sonhos edificantes e maravilhosos, expressando trabalho e realização” (capítulo 27 do livro 'Estudando a Mediunidade').

quarta-feira, 26 de maio de 2010

OMISSÃO


As notícias veiculadas pelos meios de comunicação costumam impressionar negativamente.

Elas atendem a uma demanda um tanto mórbida das massas, que gostam de saber detalhes de acontecimentos funestos.

Fala-se muito em roubos, fraudes, estupros e assassinatos.

Esse contínuo bombardear de manchetes tristes pode produzir resultados bastante negativos no imaginário popular.

Talvez alguém conclua ser virtuoso, apenas porque não comete os desatinos noticiados pela mídia.

Ocorre que esse pensamento implica eleger a omissão como conduta desejável.

O panorama do mundo é dinâmico e está em constante evolução.

O progresso surge de atos humanos positivos, que são agentes de transformação.

Nesse contexto a omissão, enquanto roteiro de vida, é um escândalo.

Em um mundo em perpétuo movimento, quem não avança se atrasa.

Assim, não basta deixar de praticar o mal.

Importa primordialmente fazer o bem.

Os contextos mudam com rapidez e talvez a oportunidade de agir corretamente não se repita facilmente.

Se um amigo necessitado cruzar o seu caminho, não hesite.

Auxilie-o como pode, pois a vida é muito dinâmica.

Talvez amanhã você não mais consiga vê-lo com os olhos da própria carne.

Perante um sofredor que surge à sua frente, evite pensar em excesso antes de estender seu auxílio.

É provável que o abraço de hoje seja o início de um longo adeus.

Não adie o perdão e nem atrase a caridade.

Abençoe de imediato os que o injuriam.

Ampare sem condições os que lhe comungam a experiência terrena.

Se seus pais, velhos e enfermos, parecem um problema, supere-se e apoie-os com mais ternura.

Se seus filhos, intoxicados de ilusão, causam-lhe amargas dores, bendiga a presença deles.

Em caso de discórdia, seja o que tenta imediatamente a conciliação.

Não hesite perante o trabalho que aguarda suas mãos.

Jamais perca a divina oportunidade de estender a alegria.

Tudo o que você enxerga entre os homens, usando a visão física, é moldura passageira de almas e forças em movimento.

Faça, em cada minuto, o máximo que puder.

Qualquer que seja a dificuldade, não deserte do dever.

Talvez a oportunidade não se repita.

É possível que você esteja perante seu familiar, seu amigo ou seu companheiro de jornada pela derradeira vez.

É melhor dar o melhor de si, a fim de não ter motivos de arrependimento.

Em termos de vida imortal, não fazer o mal é muito pouco, quase nada.

O que dignifica e habilita a novas experiências é o bem que se constrói, dentro e fora de si.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. XIX do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

MANSUETUDE E PRUDECIA


Você tem se assustado com a violência na sociedade? Com essa violência cotidiana, quase que banalizada pelo suceder dos fatos?
Sem sombra de dúvidas, os dias que se sucedem são desafiadores para todos nós. Nunca conquistamos tanto em tecnologia e bem-estar, nunca o desenvolvimento científico e tecnológico foi tão longe, porém, em nossa intimidade ainda vige a violência.
Reclamamos que o mundo está tão violento, porém a violência muitas vezes ganha morada em nosso mundo íntimo.
Já reparou como somos violentos no trânsito? Basta alguém nos dar uma fechada, conduzir mais lentamente, cruzar nossa frente e violentamos o próximo com nosso verbo truculento, intempestivo, ameaçador.
Outras vezes, chegamos em casa com o peso do dia nos ombros, e aqueles que nos são mais caros ganham a violência de nossa indiferença ou da resposta seca e curta, sem envolvimento e interesse emocional nenhum.
Percebemos que a violência ganha morada em nossa intimidade quando alguém nos provoca ou toca em algum assunto que nos incomoda...
O oposto da violência é a mansuetude. A capacidade de ser manso. Não por acaso foi uma das recomendações de Jesus no Sermão da Montanha, nos lembrando que são bem-aventurados os mansos, pois herdarão a Terra.
Se hoje nos cansamos da violência, que seja iniciada em nós a proposta da mansuetude. Que comecemos por nós o exercício da troca da violência pela mansidão.
Para ser manso, é necessário aprender a agir, ao invés de reagir. É necessário mudar a moeda no trato social. Oferecer sempre a moeda da mansuetude, seja qual for a que nos oferecerem.
Quando nos ofertarem a violência, simplesmente não aceitemos, devolvendo paz, tranquilidade, mansuetude.
Parece difícil? É uma questão de exercício. Experimentemos só por hoje. Quando alguém nos oferecer a violência e devolvermos na mesma moeda, a violência será nossa, e permanecerá conosco. Como consequência, sofreremos os reflexos dela.
Ao contrário, quando agirem violentamente contra nós, proponhamos uma ação de mansuetude. Ao grito, devolvamos a voz tranquila, ao desaforo, ofereçamos o elogio, e à ameaça, ofereçamos o entendimento.
Para tanto, não se faz necessário nos colocarmos como vítima. Ao sermos mansos, não precisamos ser vítimas da violência, ou joguete das ações alheias.
Para evitar isso, Jesus nos recomenda usarmos da mansuetude das pombas, mas da prudência das serpentes.
Armemo-nos de prudência, percebamos onde caminhamos, conheçamos as pessoas com que convivemos. Tudo isso é necessário.
Mas nada na vida justifica a necessidade de ser a violência a ferramenta de nosso trato social. Quando a paz e a mansuetude ganharem nosso mundo íntimo, certamente estará mais próximo o dia em que viveremos em um planeta de paz.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.08.2009.

ORAI E VIGIAI


Entre idas e vindas, nos deparamos com situações muito inusitadas.
Muitas vezes sorrateiramente fazemos algo, que achamos só nós estamos sabendo.
Esquecemos que ao nosso redor,
existe inúmeros seres invisíveis aos nossos olhos que a tudo vê.
Nunca devemos nos esquecer que a "invisibilidade não significa ausência".
Imperioso portanto saber lidar com estas situações,
pois ao acharmos que estamos "escondidos", na verdade,
estamos sendo mais vistos do que nunca.
Convém salientar que estes seres invisíveis que a tudo presenciam,
raramente interferem em nós,
por respeito ao nosso livre-arbítrio.
Quanto mais achamos que estamos que estamos só e isolados do contexto,
mais nosso engano se torna maior.
Deixando atuarmos como se nada está acontecendo,
não significa que estão conivente,
ou que deixam acontecer para sofrermos mais tarde.
Importante na verdade é atentarmos para tudo que estamos fazendo,
falando e praticando, afim de que mais tarde,
não venhamos a ser cobrados por tais fatos.
A transparência é vital e fundamental,
para que possamos conviver coletivamente com nossos semelhantes.
Incitações e discórdias nos remetem a areias movediças do retrocesso,
que arrebatarão a nós mesmos em primeiro lugar.
Nestas horas é preciso estar atento e lembrar das orientações de Jesus,
que nos sugere "Orai e vigiai"

terça-feira, 25 de maio de 2010

COM AMOR....


Com amor...
COMO AJUDAR OS CAIDOS NAS SOMBRAS, SE EVITAS AS FURNAS FRIAS....
COMO DAR DE BEBER AOS SEDENTOS SE A ÁGUA QUE TRAZES NO CANTIL NÃO A OFERECE DE BOM GRADO...
COMO ALIMENTAR OS FAMINTOS , SE OCULTAS NO INTERIOR DE SUA MORADAIA O GRÃO DE TRIGO QUE O PAI LHO OFERTOU...
COMO APAZIGUAR AS DORES SE SENTE ASCO DAS PUSTULAS DE SEU IRMÃO...
COMO ABRANDAR O SOFRIMENTO , SE NÃO OUVE O LAMENTO A SUA PORTA...
COMO ENTÃO DESEJAS EDUCAR, SE FAZ DE SEU APRENDIZADO UM SEGREDO...
COMO DAR SEUS OMBROS DITOS AMIGOS, SE NÃO AMPARA O MALTRAPILHO NA ESTRADA...
COMO QUERES CURAR...SE NÃO TOCA NO SANGUE PODRE COAGULADO NO CURATIVO MAL FEITO....
COMO QUERES EVANGELIZAR SE AS PALAVRAS DO MESTRE NÃO PASSAMDE VAGO PALAVREAR À ACÚSTICA DE SUA ALMA...
ASSIM SENDO COMO QUERES SER CHAMADO DE APÓSTOLO DO AMOR SE NÃO APRENDEU VERDADEIRAMENTE A AmAr SEU SEMELHANTE....


PENSE NISTO.

BEZERRA E IRMÃ CATARINA
mensagem recebida pelo médium Adilson Marques
em 04/06/10

REFLETÍS


Amados filhos de minha alma!
observai as nuvens que pairam sobre vossas cabeças, prevendo a tempestade por vir ,imantai-vos todos vós com as armas do conhecimento, para que podeis transpor os cataclismas que estão a assolar o planeta e vossos caminhos na senda evolutiva.
Credes com discernimento sintam com sabedoria.
Amem incondicionalmente.....
Praticai a caridade aos pequeninos de saber, na serara em que estão chafurdados na lama das paixões inferiores
Se aproxima o momento da transição planetária, prevista no evangelho redivivo instruí-vos.

"Não se faz luz em candeia sem óleo e sem pavio".

Daquela que voz ama
Irmã Catarina,

Serva de Deus,

Caravaneira de Maria


PAZ E LUZ!
mensagem recebida aos 28/10/2009
No grupo Espírita "Caravaneiros de Maria"
Médium Adilson Marques

ILUMINAI-VOS....

Amados filhos e filhas de minha alma, que estagiam na matéria.
Deus sê convosco, e o amor do mestre nazareno sê o vosso guia...
Enfrentais agora momentos derradeiros , a definir vosso progresso milenar. A Psicosfera do planeta , urge de vos outros emanações de amor, carinho, fé, pois ela sufocada por vossas imprecações, vida após vida, séculos seguidos , ja não suporta mais tanto disabor vibratório.
A terra luta para se livrar destas pestilencias à ela lançada pór vossos espiritos desavisados.
O mestre Jesus, esteve entre nós a mais de dois mil anos, a boa nova trazida pelo espirito Veredade ja entre nos a mais de cento e cinquenta anos, e ainda permacesse que muitos são chamados e poucos os escolhidos.
As paixões terrenas ainda imperam de forma animalesca em seus corações, fugis do doce chamamento do mestre para retornar ao seu convívio...
Filhois e filhas, atentai.... se aproxima o momento de renovação, e o planeta estrará na senda do reequilíbrio. Aceitai o chamado, façais do evangelho vosso farol, dissipai as brumas do vosso ser, "VINDE A MIM TODOS VÓS QUE SE SENTEM FATIGADOS, e eu eu vos aliviarei , pois meu jugo é leve e suave....." nos diz jesus incansavelmente durante as eras.
Mas as palavras do mestre se tornam insalubres pois ainda se encontram nas regiões sombrias da porta larga, nas algazarras que fazeis, junto de vossos irmãos desencarnados, dando ênfase ás drogas , prostituiçoes, assassínios, desamores, exílios de pais...
Vê-de as nuvens negras sobre vossas cabeças filhos amados, corre, ide ao encontro do pai que vos espera com lágrimas a escorrer-lhe na face....
E a cada um que supera a si mesmo é jubilo por toda a seara do amor.
Paz e LUz!

IRMÃ CATARINA , SERVA DE DEUS , CARAVANEIRA DE MARIA.

Mensagem recebida pelo médium Adilson Marques no dia 02/08/2009, as 6:30 da manhã, em momento de prece.

sábado, 15 de maio de 2010

FLAGELOS DESTRUIDORES


Com que fim Deus castiga a Humanidade com flagelos destruidores?

Resposta dos Espíritos — Para fazê-la avançar mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? E necessário ver o fim para apreciaras resultados. Só julgais essas coisas do vosso ponto de vista pessoal, e as chamais de flagelos por causa dos prejuízos que vos causam; mas esses transtornos são frequentemente necessários para fazer com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos.



Deus não poderia empregar, para melhorar a Humanidade, outros meios que não os flagelos destruidores?

Resposta dos Espíritos — Sim, e diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. E o homem que não os aproveita; então, é necessário castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir a própria fraqueza.



Nesses flagelos, porém, o homem de bem sucumbe como os perversos; isso é justo?

Resposta dos Espíritos — Durante a vida, o homem relaciona tudo a seu corpo, mas, após a morte, pensa de outra maneira. Como já dissemos, a vida do corpo é um quase nada; um século de vosso mundo é um relâmpago na Eternidade. Os sofrimentos que duram alguns dos vossos meses ou dias, nada são. Apenas um ensinamento que vos servirá no futuro. Os Espíritos que preexistem e sobrevivem a tudo, eis o mundo real. São eles os filhos de Deus e o objeto de sua solicitude. Os corpos não são mais que disfarces sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, eles são como um exército que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O general tem mais cuidado com os soldados do que com as vestes.



Mas as vítimas desses flagelos, apesar disso, não são vítimas?

Resposta dos Espíritos — Se considerássemos a vida no que ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríamos. Essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar.



Comentário de Allan Kardec: Quer a morte se verifique por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que no primeiro caso parte um grande número ao mesmo tempo. Se pudéssemos elevar-nos pelo pensamento de maneira a abranger toda a Humanidade numa visão única, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.



Esses flagelos destruidores têm utilidade do ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam?

Resposta dos Espíritos — Sim, eles modificam algumas vezes o estado de uma região; mas o bem que deles resulta só é geralmente sentido pelas gerações futuras.




Os flagelos não seriam igualmente provas morais para o homem, pondo-o às voltas com necessidades mais duras?

Resposta dos Espíritos — Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, se ele não for dominado pelo egoísmo.



É dado ao homem conjurar os flagelos que o afligem?

Resposta dos Espíritos — Sim, em parte, mas não como geralmente se pensa. Muitos flagelos são as consequências de sua própria imprevidência. Á medida que ele adquire conhecimentos e experiências, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se souber pesquisar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os que são de natureza geral e pertencem aos desígnios da Providência. Desses, cada indivíduo recebe, em menor ou maior proporção, a parte que lhe cabe, não lhe sendo possível opor nada mais que a resignação à vontade de Deus. Mas ainda esses males são geralmente agravados pela indolência do homem.



Comentário de Allan Kardec: Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados em primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem não achou na Ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou pelo menos de atenuar tantos desastres? Algumas regiões antigamente devastadas por terríveis flagelos não estão hoje resguardadas? Que não fará o homem, portanto, pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar todos os recursos da sua inteligência e quando, ao cuidado da sua preservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma verdadeira caridade para com os semelhantes?




Fonte: Livro do Espíritos (Allan Kardec)

Livro Terceiro – As Leis Morais

Cap. 6 – Lei de Destruição

Item II – Flagelos Destruidores

VAMPIRISMO I


Entre os vários elementos, coisas e seres que agem sobre o comportamento humano, o mais perturbador eo que mais profundamente ameaça como estruturas físicas e espirituais do ser humano é o Vampirismo, porque é uma atuação consciente de ser um sobre o outro, para deformar -- - lhe os sentimentos e as ideias, conturbar-lhe a mente e levá-lo um atitudes e práticas contrarias ao seu equilíbrio orgânico e psíquico.



O Vampirismo é um fenômeno típico das relações interpessoais. Na vida material como na vida espiritual o Vampirismo é um processo comum e universal do relacionamento afetivo e mental das criaturas.



É o vampiro que um sacerdote fanatiza crente eo submetê às suas Exigências para explorá-lo com a promessa do Céu, como é o vampiro político demagogo que fascina os adeptos de suas ideias e os leva ao sacrifício inútil e brutal da revolta e do terrorismo. É o vampiro espírita ou o médium que fascina os ingênuos com uma Eça de poderes que não possui, revelando-lhes supostas reencarnações deslumbrantes e conduzindo-os ao delírio das suas Ambições de grandeza. É o vampiro negocista esperto que suga as Economias de seus clientes com falsas promessas para um futuro improvável. É o vampiro galanteador donjuanesco que se apossa da Afeição das mulheres inseguras para explorá-las. É vampiro o alcoólatra ou o Toxicomano que SEMEIA desgraça em seu redor. É o sagaz vampiro ou espírito vingativo que suga as energias das criaturas humanas e subjuga outros espíritos para agir na conquista e dominação de outras, e assim por diante, na imensa e variada pauta do Vampirismo espiritual e material.



No parasitismo, não espiritual mesmo, há uma tendência de acomodação do parasita na vítima. A lei é a mesma do parasitismo animal e vegetal. A Entidade espiritual Ajustar Parasitária Procura-se ao parasitado, Na posição de uma afim subpersonalidade.



Ambos Vivem em sintonia, mas o parasita às custas das Energias do parasitado, Cujo desgaste naturalmente aumenta de maneira progressiva. Ambos perdem e ganham nessa nefasta conjugação. O parasitado sofre duplo desgaste de suas energias mentais e vitais eo parasita cai na sua dependência, perdendo a sua individual Capacidade de sobrevivência e conservação.



A morte do parasitado afeta o parasita, com ele sugestivamente que morre, pois perdeu a Capacidade de viver, sentir e pensar por si mesmo. Os casos de pessoas dependentes, excessivamente tímidas, desanimadas, inaptas para a vida normal, essas de que se diz "passaram pela vida, mas não viveram", são tipicamente casos de parasitismo.



AS PRÓPRIAS Condições orgânicas dessas pessoas, que não reagem aos socorros Devidamente medicamentosos, à alimentação e aos estímulos do meio, de práticas espirituais ou físicas, decorrem de deficiências orgânicas, mas também da sobrecarga invisível do parasitismo espiritual.



Causas



As causas dessa situação mórbida decorrem de processos kármicos originados por associações criminosas em vidas anteriores dos comparsas.



Do livro "Vampirismo", de José Herculano Pires

ORAÇÃO E VIGILANCIA


O homem respeitoso, que curva o corpo no arado e sulca o seio virgem da terra, ora, porque arando está também orando.
A mulher, que se ergue e, tomando das mãos do pequenino, condu-lo através da experiência do alfabeto, ora, porque ensinar é orar.
O jovem, que renuncia à comodidade do prazer e oferece suas horas ao ministério sacrossanto da enfermagem, ora, porque atender à dor alheia também é orar.
O homem, que empreende a luta pela aquisição honesta do pão que lhe honra a estabilidade doméstica, ora, porque no cumprimento dos deveres morais também se está em prece.
Quem, buscando a fonte generosa, distribui água refrescante, ora, porque matar a sede do aflito é também orar.
Há, entretanto, fora do trabalho, uma forma diferente de orar.
A natureza é um templo, no qual o coração se faz altar, convidando o ser à comunhão com a vida.
Todo aquele que, depois da prece-ação, continua sentindo sede interior de paz, abandone, por momentos, o tumulto do mundo e mergulhe as antenas mentais no oceano de magnificentes cores da Natureza e repita no imo, em murmúrio, a oração dominical, para receber da Divindade alento e força para a jornada na qual, muitas vezes, o coração desfalece enfraquecido, Ouvirá, então, no interlóquio, a voz do Senhor, mantendo com a alma ansiosa um diálogo e colocando uma ponte no abismo que a separa do seu Criador.
* * *
A boca, na disputa verbalista, que é tentada ao revide e silencia, humilde, vigia, porque calar uma ofensa é repetir um pequeno curso de vigilância.
A mão que, em se levantando para apontar um ofensor, na via pública, dobra-se reverente, quedando-se caída, vigia, porque não acusar é exercer vigilância em si mesmo.
A alma, que despedaça a cólera aninhada no coração e que antes se dispunha a saltar perigosa sobre o agressor ao seu alcance, vigia, porque perdoar o crime é colocar-se em vigília.
Os dedos nervosos, que ao tomarem da pena para escrever um libelo, no qual, em se defendendo acusam, indo, inadvertidamente, cometer o mesmo erro, mas, no justo momento do revide, espalma a mão sobre o papel alvo, conferindo ao tempo a oportunidade de esclarecimento, vigia, porque não revidar golpe com golpe é exercitar a experiência de vigilância.
Há, ainda, uma vigilância pouco exercitada e recomendada pelo Senhor, que é aquela que convida o crente a conduzir a alma de tal maneira, que se não deixe contaminar pelo veneno do mundo, mesmo quando os fortes elos das tentações se unirem em cadeia vigorosa, ameaçando despedaçar a atividade das boas intenções.
_ “Está alguém entre vós aflito?” – indaga o apóstolo Tiago – “Ore!”.
E o Divino Mestre recomenda: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.
Espírito: Vianna de Carvalho
Médium: Divaldo P. Franco – Enfoques Espíritas.

CONDUTA ESPÍRITA- O MÉDIUM


Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada

transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e

importantes como as de qualquer outra pessoa.

O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.

No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a

subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões,

tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando

lealdade ao próprio dever.

Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.

Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica,

evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as

explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim

de que não se prive do ensinamento.

A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.

Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível,

respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer

gestos violentos.

O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz

portador.

Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele

fenômeno.

A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do

Espírito.

Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha.

Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.

Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com

o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da

inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades

doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.

Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.

Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja.

No rastro do orgulho, segue a ruína.

Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência

de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável.

O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.

“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” — Paulo. (I

CORÍNTIOS, 12:7.)

terça-feira, 30 de março de 2010

VELHAS ENFERMIDADES

O livre arbítrio é uma das bênçãos que distinguem a Humanidade no concerto da Criação.

Nos círculos inferiores da vida, a evolução ocorre de forma automática.

No âmbito humano, os instintos gradualmente perdem a primazia na formulação dos destinos.

Na medida em que se afasta dos círculos primitivos, o homem principia a fazer opções.

Não mais instintos e sensações, mas razão e sentimentos dão o tom da caminhada.

Os equívocos são bastante comuns nesta fase, pois apenas seres perfeitos não erram.

Ocorre que toda violação da Lei Divina traz conseqüências naturais e automáticas.

Todo erro deve ser reparado.

A reparação é tão mais penosa quanto mais consciente seja o agente.

Os erros do ignorante são mesmo esperados e de fácil reparação.

Quem já possui vasta experiência tem o dever de comportar-se melhor.

A renitência no mal, quando já se tem condições de viver no bem, costuma gerar dolorosos processos expiatórios.

As sucessivas encarnações fornecem vastas oportunidades de aprendizado e refazimento perante os Códigos Divinos.

Salvo o caso das almas missionárias, plenas de amor e sabedoria, a vivência de dores atrozes costuma indicar reparação de males do passado.

Entretanto, muitos Espíritos, quando se vêem fortemente complicados perante as Leis Divinas, assumem o papel de vítimas.

Olvidam que seus atos de vontade é que atraíram a dor para suas vidas.

Lançam-se em infindáveis reclamações e adotam comportamento passivo.

Na realidade, deveriam educar a vontade desvirtuada no passado e assumir a responsabilidade pelas próprias vidas.

Quem costuma se achar vítima e gosta de reclamar demonstra possuir certas enfermidades psíquicas.

Tais enfermidades viciam a vontade e retardam a libertação.

Dentre esses fatores pode-se citar o abandono do esforço próprio.

Confrontada com a existência de vícios que lhe infelicitam a vida, a criatura afirma: Sou assim mesmo.

Permite que tristes hábitos que ela mesma criou, no exercício de seu livre arbítrio, continuem a dominá-la.

A indiferença perante a vida também é um sintoma de desequilíbrio espiritual.

Para não sofrer com a realidade de um Mundo que auxiliou a construir no passado, evita até pensar no que nele ocorre.

Questões sociais, políticas e ecológicas são afastadas da mente.

Igualmente é um sinal de psiquismo doentio o hábito de queixar-se de forças exteriores.

As dificuldades vivenciadas são culpa do patrão, da conjuntura econômica ou do governo.

Sempre há um terceiro para assumir o papel de culpado, enquanto a criatura posa de vítima indefesa.

Entretanto, urge reconhecer que a vida é feita de lutas e desafios.

As experiências se sucedem na medida da necessidade de aprendizado e resgate do Espírito.

Não há equívocos nos Códigos Divinos.

Em última análise, ninguém é culpado pelo que outro vive.

Assim, você construiu a sua vida tal qual ela é hoje, mediante inúmeros atos da mais livre vontade.

Convém agora assumir a responsabilidade por ela e lutar corajosamente para solucionar seus problemas.

Pense nisso.


Redação do Momento Espírita, com base na questão 254 do livro O consolador, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

O dirigente Espírita, os voluntários e os pedintes(por Wellington Balbo)

O administrador de empresas de sucesso é aquele que conhece com propriedade a realidade e o mercado em que sua empresa está inserida. Ele – o administrador – necessita estar atento ás mudanças de todas as esferas, para que permaneça atualizado e possa então dar sua parcela de contribuição para o crescimento da organização que está sob sua responsabilidade.

A realidade do administrador pode ser aplicada à realidade do dirigente espírita, que é, pelo menos em tese, o administrador da Casa Espírita. Por isso é de suma importância que o dirigente espírita adquira alguns conhecimentos básicos na ciência da administração. Mas por que adquirir esses conhecimentos?
Porque lidará com pessoas, com a administração propriamente dita, e, também, com valores tangíveis, tais como, o dinheiro e o patrimônio da Casa e valores intangíveis, como habilidade e aptidões dos trabalhadores que com ele estão freqüentando, e ou, administrando a Casa.

Nas visitas em palestras que realizamos nos Centros Espíritas procuramos conversar com os dirigentes sobre os trabalhadores da Casa.
Como estão? Há motivação no desempenho da tarefa que se propuseram a realizar no centro espírita? Estão comprometidos?

E a resposta vem nem sempre animadora: “São poucos trabalhadores”.
“Temos dificuldades com voluntários”.

Se a Casa que está sob sua direção, caro dirigente, não apresenta dificuldades com trabalhadores e há abundância de material humano, este artigo de nada servirá. Todavia, se enfrentas problemas com voluntários e há escassez de material humano, prossiga na leitura, porque diante do panorama que se apresenta cabe ao dirigente espírita fazer os seguintes questionamentos:

Por que são poucos os trabalhadores? Por que a mensagem espírita, que pede constante participação, não vem tocando o coração das pessoas? Será que falta divulgação? Maior clareza na comunicação? Será que eu, como dirigente espírita, conheço de fato o mercado, ou seja, a realidade em que estão mergulhados os freqüentadores da Casa que está sob minha coordenação?

Estes questionamentos requerem humildade, porquanto para confrontar a si mesmo e sua forma de administração o dirigente espírita terá de se desposar do orgulho. Um exercício que redundará, inclusive, em sua melhora moral. A grande questão é que o centro espírita, em muitas ocasiões, funciona como hospital a oferecer o lenitivo ao doente. Entretanto, esta deveria ser, em realidade, apenas a primeira etapa. No segundo momento o centro espírita deveria funcionar como abençoada escola, universidade da alma que educa os espíritos na busca do seu equilíbrio íntimo. Entretanto, está enraizada no ser humano a tendência de criar seres dependentes; ou seja, pessoas dependentes “eternamente” do passe, da cesta básica, do conselho...

Salientamos que toda ajuda à alma humana em dificuldade é importante e necessária, no entanto, o centro espírita em suas atividades deve primar pela educação que constrói criaturas amadurecidas, que podem caminhar com suas próprias pernas. Ao proporcionar meios para que as pessoas possam se auto governar o centro espírita formará um trabalhador, que deixará a condição de pedinte contumaz para tornar-se colaborador consciente e eficaz. Reforçando: o auxílio de todos os matizes prestado pela Casa Espírita é relevante, o que nada agrega é o falso auxílio que alimenta eternos pedintes, tornando o centro espírita apenas um hospital. Cabe, pois, ao dirigente espírita empreender esforços para que o centro espírita pule o degrau de hospital transformando-se em escola, habilitando o “recuperando” a servir de modo competente. Questionar sua administração e buscar sempre resultados positivos na questão que envolve a motivação dos trabalhadores é um quesito que não pode ser perdido de vista. A responsabilidade do dirigente espírita é grande, porquanto ele traz consigo o ideal espírita, que visa, fundamentalmente, a regeneração da humanidade.

Pensemos nisso.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

OS BONS MÉDIUNS

nerente a todos os seres humanos, a faculdade mediúnica se expressa de maneira variada, conforme a estrutura evolutiva, os recursos morais, as conquistas espirituais de cada indivíduo.
Incipiente em uns e ostensiva noutros, pode ser considerada como a peculiaridade psíquica que permite a comunicação dos homens com os Espíritos, mediante cujo contributo inúmeras interrogações e enigmas encontram respostas e elucidações claras para o entendimento dos reais mecanismos da existência física na Terra.
Distúrbios psíquicos inexplicáveis, desequilíbrios orgânicos injustificáveis, transtornos comportamentais e dificuldades nos relacionamentos sociais e afetivos, malquerenças e aflições íntimas destituídas de significado, exaltação e desdobramentos da personalidade, algumas alucinações visuais e auditivas, na mediunidade encontram seu campo de expansão, refletindo os dramas espirituais do ser, que procedem das experiências anteriores à atual existência física, alguns transformados em fenômenos obsessivos profundamente perturbadores.
Mal compreendida por largo tempo através da História, foi envolta em mitos e cercada de superstições, que nada têm a ver com a sua realidade.
Sendo uma percepção da alma encarnada cujo conteúdo as células orgânicas decodificam, não significa manifestação de angelitude ou de santificação, como também não representa punição imposta por Deus, a fim de alcançar os calcetas e endividados perante as Soberanas Leis.
Existente igualmente no ser espiritual, é uma faculdade do Espírito que, através dos delicados equipamentos sutis do seu perispírito, faculta o intercâmbio entre os desencarnados de diferentes esferas da Erraticidade.
Dessa maneira, não se trata de um calvário de padecimentos intérminos em cujo curso a tristeza e o sofrimento dão-se as mãos, como pretendem alguns portadores de comportamento masoquista, mas também não é característica de superioridade moral, que distingue o seu possuidor em relação às demais pessoas.
Pode ser considerada como a moderna escada de Jacó, que permite a ascensão espiritual daquele que se lhe dedica com abnegação e devotamento.
Semelhante às demais faculdades do ser humano, exige cuidados especiais, quais aqueles que se dispensam à inteligência, à memória, às aptidões artísticas e culturais...
O conhecimento do seu mecanismo torna-se indispensável para que seja exercida com seriedade, ao lado de cuidados outros que se lhe fazem essenciais, quais sejam, a identificação da lei dos fluidos, a aplicação dos dispositivos morais para o aperfeiçoamento incessante, a disciplina dos equipamentos nervosos, as disposições superiores para o bem, o nobre e o edificante.
Neutra, sob o ponto de vista ético-moral, qual ocorre com as demais faculdades, é direcionada pelo seu portador, que se encarrega de orientá-la conforme as próprias aspirações, perseguindo os objetivos elevados, que são a meta essencial da reencarnação.
À medida que o médium introjeta reflexões em torno do seu conteúdo valioso, mais se lhe dilatam as possibilidades que, disciplinadas, facultam ensejo para a produção de resultados compatíveis com o direcionamento que se lhe aplique.
A observação cuidadosa dos sintomas através dos quais se expressa favorece a perfeita identificação daqueles que se comunicam e podem contribuir em favor do progresso moral do medianeiro.
O hábito do silêncio interior e da quietação emocional faculta-lhe a captação das ondas que permitem o intercâmbio equilibrado, ampliando-lhe a área de serviços espirituais.
Concessão divina para a Humanidade, é a ponte que traz de volta aqueles que abandonaram o corpo físico ou que dele foram expulsos, sem que deixassem a vida, comprovando-lhes a imortalidade em triunfo.
Ante a impossibilidade de ser alcançada a perfeição mediúnica, em face da condição predominante de mundo de provações que caracteriza o planeta terrestre e tipifica os seus habitantes por enquanto, cada servidor deve lutar para adquirir a qualidade de bom médium, isto é, aquele que comunica com facilidade, que se faz instrumento dócil aos Espíritos que o utilizam sob a orientação do seu Mentor.
Nunca se acreditando imaculado, sabe que pode ser vítima da mistificação dos zombeteiros e maus, não a temendo, mas trabalhando por sutilizar as suas percepções psíquicas e emocionais, e elevando-se moralmente para atingir patamares mais enobrecidos nas faixas da evolução.
A facilidade com que os desencarnados o utilizam, especialmente por estar disponível sempre que necessário, propicia-lhe maior sensibilidade e o credencia ao apoio dos Guias da Humanidade, que o cercam de carinho e o inspiram para a ascensão contínua.
Consciente dos próprios limites e das infinitas possibilidades da Vida, reconhece o quanto necessita de transformar-se interiormente para melhor, a fim de ser enganado menos vezes e jamais enganar aos outros, pelo menos conscientemente.
A disciplina e o equilíbrio moral, os pensamentos e as ações honoráveis, o salutar hábito da oração e da meditação precatam-no das investiduras dos maus e perversos que pululam em toda parte, preservando-lhe os sutis equipamentos mediúnicos dos choques de baixo teor vibratório que lhes são inerentes, ajudando-o, assim, a manter contato com esses infelizes, quando necessário, porém, sob o controle dos Guias que os conduzem, jamais ao paladar e apetite da loucura que os avassala.
O bom médium é simples e sem as complexidades do agrado da ignorância, do egoísmo e da presunção, cujas conquistas são internas e que irradia os valores morais de dentro para fora, qual antena que possui os requisitos próprios para a captação das ondas que serão transformadas em imagens sonoras, visuais ou portadoras de força motriz para muitas finalidades.
Quando esteja açodado pelas conjunturas difíceis ou afligido pelas provações iluminativas, que fazem parte do seu processo de evolução, nunca deve desanimar, nem esperar fruir de privilégios, que os não possui, seguindo fiel e tranqüilo no desempenho da tarefa que lhe diz respeito, preservando a alegria de viver, servir e amar.
O trabalho edificante será sempre o seu apoio de segurança, que o fortalecerá em todos os momentos da existência física, nunca se refugiando na inoperância, que é geradora de mil males que sempre perturbam.
Porque identifica as próprias deficiências, não se jacta da faculdade que possui, reconhecendo que ela pode ser bloqueada ou retirada, empenhando-se para torná-la uma ferramenta de luz a serviço do Amor em todos os instantes.
Os bons médiuns, que escasseiam, em razão da momentânea inferioridade humana, são os instrumentos hábeis para contribuírem em favor do Mundo Novo de amanhã, quando a mediunidade, melhor compreendida e mais bem exercida, se tornará uma conquista valiosa do espírito humano credenciado para a felicidade que já estará desfrutando.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão mediúnica da noite de 8 de agosto de 2001, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ABANDONO,VIOLENCIA E FILHOS. COMO AGIR?

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir."
Do item 8, do Cap. XIV, de "O evangelho Segundo o Espiritismo".
Entre os casais, surge comumente o problema do abandono, pelo qual o parceiro lesado é compelido à carência afetiva. Criaturas integradas na comunhão recíproca, o afastamento uma da outra provoca, naturalmente, em numerosas circunstâncias, o colapso das forças mais íntimas naquela que se viu relegada a escárnio ou esquecimento.
Justo observar que toda criatura prejudicada usufrui o direito de envidar esforços na própria recuperação. Análogo princípio prevalece nas conjunções do sentimento, sempre efetuadas com fins determinados em vista. O companheiro ou a companheira menosprezada no círculo doméstico detém a faculdade de refazer as condições que julgue necessárias à própria euforia, com base na consciência tranqüila. Não existem obrigações de cativeiro para ninguém nos fundamentos morais da Criação. Um ser não dispõe de regalias para abusar impunemente de outro, sem que a vítima se veja espontaneamente liberta de qualquer compromisso para com o agressor.
Em matéria afetiva, porém, se a união sexual trouxe filhos à paisagem terrestre, é razoável que as Leis da Vida reconheçam na criatura lesada a permissão de restabelecer a harmonia vibratória em seu mundo emotivo, logicamente dentro da ética que sustenta a tranqüilidade da vida intima; entretanto, essas mesmas Leis da Vida rogam, sem impor, às vítimas da deslealdade ou da prepotência que não renunciem ao dever de amparar os filhos, notadamente se esses filhos ainda não atingiram a puberdade que lhes traçará começo à compreensão dos problemas sexuais que afligem a Humanidade. Em sobrevindo semelhantes crises, haja no parceiro largado em desprezo uma revisão criteriosa do próprio comportamento para verificar até que ponto haverá provocado a agressão moral sofrida e, embora se reconheça culpado ou não, que se renda, antes de tudo, à desculpa incondicional, ante o ofensor, fundindo no coração os títulos ternos que tenha concedido ao companheiro ou à companheira da comunhão sexual no título de irmão ou de irmã, de vez que somos todos espíritos imortais, interligados perante Deus, através dos laços da fraternidade real.
Aprenda o parceiro moralmente danificado que só pelo esquecimento das faltas uns dos outros é que nos endereçaremos à definitiva sublimação e que nenhum de nós, os filhos da Terra, está em condições de acusar nos domínios do sentimento, porquanto os virtuosos de hoje podem ter sido os caídos de ontem e os caídos de hoje serão possivelmente os virtuosos de amanhã a quem tenhamos talvez de rogar apoio e bênção, quando a Justiça Eterna nos venha descerrar a imensidão de nossos débitos, acumulados em existências que deixamos para trás nos arquivos
do tempo.
Homem ou mulher em abandono, se tem filhos pequeninos, que se voltem, acima de tudo, para essas aves ainda tenras do pábulo doméstico, agasalhando-as sob as asas do entendimento e da ternura, por amor a Deus e a si mesmos, até que se habilitem aos primeiros contactos conscientes com a vida terrestre, antes de se aventurarem à adoção de nova companhia; isso porque podem usar a atribuição natural que lhes compete, no que se refere a possíveis renovações, sem se arriscarem a agravar os problemas dos filhos necessitados de arrimo e sem complicarem a própria situação perante o futuro.
EMMANUEL
(Do livro Sexo e Vida, "Filhos", 10, FCXavier, FEB)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

CENTROS MAL ORIENTADOS

Infelizmente, algumas casas espíritas prestam um desserviço à Doutrina dão-nos a impressão de que foram construídas apenas para atender a vaidade dos médiuns que as edificaram.
Não somos contrários aos diretores reconhecidamente bem intencionados e idealistas que permanecem por longo tempo nos cargos que ocupam. A causa espírita necessita dos que não abram mão de seus deveres para com ela. Excesso de liberalidade doutrinária é tão prejudicial à casa espírita quanto aos regimes ditatoriais impostos por alguns diretores, que anseiam por se perpetuar nos postos de direção.
Por vezes, a renovação da diretoria é de vital importância para que a casa espírita se renove em suas atividades, com a descentralização do poder. No entanto precisamos reconhecer que, por outro lado, muitos novos diretores costumam ser um desastre, pois, consentindo que o cargo lhes suba à cabeça, tomam atitudes arbitrárias e passam a ser elementos desagregadores.
Não se admite em um núcleo espírita, a luta pelo poder. Jesus nos advertiu quanto aos perigos de uma casa dividida, afirmando que ela não seria capaz de se manter de pé.
Nos centros espíritas de boa formação doutrinária, prevalece o espírito de equipe; ninguém trabalha com o desejo de aparecer, de reter as chaves da instituição no bolso, de modo que certas portas não sejam abertas sem a sua presença... Não se tecem comentários desairosos sobre os companheiros, como se, o que se pretendesse, fosse desestabilizá-los nas tarefas que permanecem sob a sua responsabilidade.
Os dirigentes de uma instituição espírita necessitam ter pulso firme, transparência nas decisões, fraternidade no trato para com todos, submetendo-se sempre à orientação da Doutrina. Pontos de vista estritamente pessoais não devem ter espaços no Movimento.
Centros espíritas mal orientados passam para a comunidade uma imagem deturpada do Espiritismo. A divulgação da Doutrina começa pela fachada de uma casa espírita. Até o seu ambiente físico carece ser acolhedor, iluminado. Construções suntuosas muitas vezes espiritualmente estão vazias. Os centros espíritas devem ter a preocupação de ser a continuidade da Casa dos Apóstolos, em Jerusalém amparo aos desvalidos e luz para os que vagueiam nas sombras, sempre, em nome do Senhor, de portas descerradas à necessidade de quem quer que seja.
Num templo espírita é indispensável à divisão de tarefas; muitos núcleos permanecem de portas fechadas na maioria dos dias da semana, porque os seus dirigentes não sabem promover os companheiros... O ciúme e o apego injustificável de muitos dirigentes acabam por deixar ocioso o espaço de uma casa espírita, quase a semana inteira. Não vale a justificativa de que os seareiros sejam poucos... Cuide-se das atividades doutrinárias de base a evangelização e a mocidade e não se terá o problema de escassez de braços para o trabalho doutrinário.
Nos centros mal orientados, nos quais o campo de serviço é restrito, os Espíritos Superiores não têm muito que fazer. Quanto mais numerosas, diversificadas e sérias as atividades de uma casa espírita, maior a tutela da Espiritualidade e maior a equipe dos desencarnados que com ela se dispõem a colaborar.
Os dirigentes, médiuns responderão pela sua omissão e arbitrariedade à frente de um núcleo espírita.

Livro: Conversando com os Médiuns.
Espírito: Odilon Fernandes.
Médium: Carlos A. Baccelli.

DESENVOLVIMENTO MEDIUNICO

“Para que um espírito possa se comunicar, é necessário, entre ele e o médium, relacionamento fluídico que não se estabelece sempre instantaneamente; não é se não a medida que a faculdade se desenvolve que o médium adquire, pouco a pouco, a aptidão necessária para entrar em relação com o primeiro espírito que chegue’. (“O livro dos Médiuns”, Segunda Parte, Cap. XVII, Item 203, Edição IDE)


O desenvolvimento da mediunidade é lento e progressivo. Não basta que o médium entre em contato com os espíritos, para que se considere médium desenvolvido.
Como todas as faculdades humanas, a mediunidade requer tempo para aperfeiçoar-se.
Diríamos que o médium desencarna e não consegue completar o seu desenvolvimento mediúnico, visto que a mediunidade é um sentido que permanece em evolução no espírito além da morte.
A grande maioria dos medianeiros espíritas da atualidade está simplesmente colhendo experiências para tarefas futuras, que serão chamados a cumprir.
Qual acontece entre dois ou mais amigos, a “intimidade mediúnica” entre os espíritos comunicantes e o médium de que se utilizam é construída paulatinamente. Mesmo que haja prévio conhecimento em vidas pregressas, a afinidade entre o espírito e o médium carece de tempo para restabelecer-se a nível de consciência.
Os espíritos necessitam saber até onde podem confiar no medianeiro, e vice versa. E isto, porque muitos companheiros da mediunidade recuam ante o serviço que o espera.
É natural, portanto, que os primeiros comunicados de um espírito por determinado médium deixe a desejar. É natural que somente com o tempo o médium vá se identificando melhor com o espírito ou com os espíritos que tencionam valer-se de suas faculdades.
Muitos espíritos quando se apresentam aos médiuns, não revelam a própria identidade, preferindo permanecer no anonimato. Não raro, apenas no Mundo Espiritual os medianeiros saberão de sua ligação afetiva com os espíritos com os quais trabalham.
De maneira geral, os espíritos que se aproximam de um médium para uma tarefa significativa tem com ele compromissos de outras vidas, e esses compromissos são cármicos, ou seja, exigem reparação.
Por outro lado,se o médium entra, periodicamente, em contato com os espíritos de reconhecida idoneidade espiritual, isto não quer dizer que esses Espíritos Benfeitores estejam sempre ao seu lado... Os Espíritos Superiores podem fazer-se representar, junto dos médiuns, através de outros mensageiros que lhe tomam o nome.
O médium em desenvolvimento carece de despreocupar-se totalmente com o nome do espírito que esteja a manifestar-se por seu intermédio. Com o tempo, se considerar útil, o espírito haverá de identificar-se, de forma total ou parcial.
Muitos medianeiros, excessivamente preocupados com o nome dos espíritos que se expressam através deles, caem no ridículo, porque se expõem mais facilmente aos espíritos que dão mais valor ao rótulo que ao conteúdo.
Portanto, de início, seja no exercício desta ou daquela mediunidade, que o médium se preocupe em afinar o seu instrumento mediúnico para que os espíritos, sejam eles quais forem, possa, manifestar-se com proveito.
A identidade do espírito, embora importante, é de importância relativa no que tange ao nome, de vez que essencialmente o espírito se revela pelo teor do seu pensamento, como a árvore que se identifica através dos frutos que produz.
Se o candidato ao desenvolvimento da própria mediunidade não tiver calma e perseverança, dificilmente a sua mediunidade será produtiva; ela aparecerá, ensaiará os primeiros resultados e “desaparecerá em seguida, porque o próprio medianeiro não se interessou em cultivá-la, esquecendo-se que tudo pede tempo para firmar-se”...
Que os médiuns improdutivos não se queixem de suas faculdades ou dos espíritos que as utilizam; queixe-se de si mesmos,porque todo médium bem intencionado que persiste no exercício mediúnico acabará por atrair a simpatia dos espíritos em condições de dar-lhes as alegrias que almeja.


Somos Todos Médiuns
Carlos A. Bacelli
Odilon Fernandes

ESPÍRITOS A DISTÂNCIA

O médium há que ter muita firmeza no cumprimento do dever.
Os companheiros que participam de uma reunião mediúnica necessitam estar integrados, unidos na mesma comunhão de pensamentos.
Os espíritos que aqui vieram, por mais rebelados se mostrem, são todos espíritos enfermos, enfermos e necessitados de auxílio espiritual...
Por mais ergam a voz em desespero, por mais chorem em rebeldia e por mais blasfemem, são espíritos doentes, por assim dizer, indigente da Vida Espiritual que aqui são trazidos em busca de lenitivo; no entanto, além dos limites materiais e espirituais do templo que nos recebe, permanecem aquelas entidades mais ou menos conscientes quanto à sua situação de revolta diante das Leis Divinas...
Essas entidades, a distância, dardejam vibrações contra o grupo no intuito de atrapalhar o bom andamento de suas atividades. Esses nossos irmãos, ainda mais infelizes do que aqueles que aqui se encontram, enviam constantes emissões mentais negativas com o propósito de envolver o médium que se dispõe ao serviço de intercâmbio; é como se, lá fora, ao longe, alguém estivesse, caprichosamente, nos arremessando pedras contra o telhado...
Neste sentido é que tomamos a liberdade de chamar-lhes a atenção, porquanto, em contato com as entidades que aqui foram trazidas ou que aqui vieram espontaneamente, muitos talvez se admirem da condição espiritual desses irmãos desenfaixados do corpo físico, mas, se aqui vieram, é porque se encontram em condições melhores do que aqueles que não puderam vir, e tramam, a distância, nas dimensões espirituais em que erram, o comprometimento da tarefa em que todos nos encontramos empenhados. Daí ser imperioso que o médium tenha firmeza e não se intimide, não tenha receio do contato com essas entidades infelizes que lhe batem as portas do psiquismo, mas que se acautele contra esses outros nossos irmãos que aqui não vêm e que permanecem, à espreita, tramando, ao longe, a ruína do grupo.


Odilon Fernandes
Carlos A. Baccelli
Mediunidade Corpo e Alma

SOMOS TODOS MÉDIUNS

Quem é médium o é sempre, e não apenas no instante em que o fenômeno esta acontecendo, embora seja no exato momento do transe que a mediunidade alcança o seu ápice.
A mediunidade pode ser observada ostensivamente, quando, por exemplo, o médium incorpora, psicografa, transmite o passe, libera ectoplasma, pinta sob a influência dos espíritos... Entretanto, a mediunidade, no cotidiano, manifesta-se discretamente, ao ponto de o próprio médium não perceber que esteja agindo como instrumento.
Dificilmente o médium precisará com nitidez quando estará sendo intuído ou inspirado a dizer palavras ou tomar atitudes que mudem o rumo dos acontecimentos dos quais participe.
Citemos um fato corriqueiro como exemplo. Numa simples conversação, ,o médium poderá dizer uma palavra que clareie as decisões que o seu interlocutor tenha que tomar. Imaginemos um médico indeciso sobre o diagnóstico de um paciente... Em conversa com um médium, às vezes completamente alheio ao caso, os espíritos poderão inspirar o sensitivo no sentido de que a mente do médico se abra para o diagnóstico preciso, salvando vidas e evitando cirurgias de risco já programadas.
Quem procura sintonia com o Mais Alto através da oração e do dever retamente cumprido será sempre uma antena captando mensagens de elevado teor e retransmitindo-as através da palavra, imperceptivelmente.
A mediunidade ostensiva e declarada não é a única maneira de exercer-se a mediunidade.
A mãe é médium quando antecipa-se como seus conselhos aos problemas do filho; o pai é médium quando poupa recursos que pressentem necessários no futuro; o filho é médium quando protegem os pais de uma queda dentro de casa; o amigo é médium quando alerta alguém acerca da necessária revisão nos freios do automóvel, antes da viagem prevista; o vizinho é médium quando se refere a uma árvore prestes a desabar no quintal ao lado...
Há quem imagine que o seu compromisso com a mediunidade seja apenas naquele dia determinado e naqueles poucos minutos semanais em que passa ao redor de uma mesa de sessões.
Não terão sido médiuns Einstein, Thomas Édison, Pasteur, Gandhi, Florence Nigthingale e tantos outros gênios e benfeitores da humanidade?!
Não será médium o pastor anônimo e bem intencionado que prepara o seu sermão para a comunidade dos fiéis?!
Não será médium o legislador que se debruça sobre as leis dos homens, estudando um meio de adequá-las às Leis de Deus?!
Não será médium o cientista que no silêncio dos laboratórios pesquisa, por exemplo, a curda AIDS?!
Não será médium o professor que atina com o problema emocional que angustia um de seus alunos, interferindo negativamente no seu aproveitamento escolar?!
Não será médium o lavrador que pressente a hora de lançar a semente ao solo para a sonhada colheita?!...
De fato o homem é portador de livre-arbítrio e a decisão final em suas atitudes sempre lhe cabe, entretanto não deve ignorar que o Mundo Espiritual e o Mundo Físico se interpenetram e interreagem e que a comunidade dos espíritos desencarnados faz parte da comunidade dos encarnados, onde continua tendo interesses comuns aos homens.
Não exageraríamos se disséssemos que tudo é mediunidade, tanto na Terra quanto nos Céu!
O Pensamento Divino, até chegar ao homem, passa, por assim dizer, por dezenas de cérebros... Para que esse pensamento chegasse a nós sem distorções é que Jesus corporificou-se no planeta e trouxe-nos o Verbo Divino que identificava-se plenamente com a sua Palavra.
Anteriormente, os profetas, portadores da Palavra de Deus, sujeitaram-na à cultura social e religiosa a que pertenciam, regionalizando o que era universal.
Por isto, em essência, O Espiritismo identifica-se com tosas as religiões e filosofias que vão desde as ramificações do Cristianismo às que pregam a reencarnação, a lei do carma e a comunicação com os chamados mortos. Tendo sido codificada na França, a Doutrina Espírita é universal, porque a Verdade, em todos os idiomas, é sempre a mesma em toda parte.

Somos Todos Médiuns
Carlos A. Bacelli / Odilon Fernandes

HOMENS FORA DO CORPO

Conforme dissemos, os espíritos nada mais são que homens fora do corpo. Por incrível que pareça, não lhes basta à condição de desencarnados para que se liberem dos seus equívocos.
Os espíritos que entram em contato com os médiuns, em sua grande maioria, carecem de maiores esclarecimentos; muitos deles, mesmo depois da morte, continuam sustentando os seus pontos de vista...
As dimensões espirituais nas quais ainda nos movimentamos guardam grande similitude com os caminhos humanos ninguém encontra, de improviso, a região paradisíaca mencionada pelas religiões tradicionalistas. Aqui, onde presentemente estagiamos, existem, inclusive, os que questionam os Evangelhos, os que se opõem à idéia da reencarnação, os que não aceitam a tese do intercâmbio com os encarnados...
Médiuns sem uma formação doutrinária ideal, com base em Jesus e Kardec, correm o risco de se transformarem em intérpretes de grupos de espíritos que julgam ter a primazia da Verdade. Assim é que, no movimento espírita, encontramos correntes de espíritos que defendem a tese do corpo fluídico de Jesus concepção filosófica que começou no seio da própria igreja Católica desde os primórdios ou, ainda, a opinião controvertida de Ramatis, espírito orientalista, que tem conseguido fazer seguidores desavisados.
Enganam-se os que pensam que todos os medianeiros sejam espíritas; o mundo está repleto de sensitivos falsos Cristos e falsos profetas interpretando mensagens de grupos de Espíritos para a Terra espíritos que ainda se vinculam à igreja, espíritos apegados aos rigorismos das letras evangélicas, espíritos que, no corpo e fora dele, tentam influenciar o movimento espírita no Brasil, como, por exemplo, os adeptos de certos gurus indianos que se afirmam a reencarnação de Deus!...
Os médiuns e companheiros espíritas, embora respeitosamente, não devem ter receio de questionar os espíritos, que se pronunciam junto aos homens de acordo com as luzes que hajam alcançado. Muitos deles, é bom que se diga, tateiam, depois da morte, nas sombras em que se movimentam...
A codificação Espírita não foi concebida por um único cérebro, nem é fruto dos ditados póstumos de um único espírito. A universalidade do ensino dos Espíritos, com base no Evangelho do Cristo, em que se alicerça toda a civilização cristã, é que lhe garante autenticidade.
O que se afaste da Obra Kardequiana não é espírita: poderá ser Espiritualismo, mas não Espiritismo!
Allan Kardec, sem dúvida, não teve a pretensão da última palavra, mas o que vier depois dele, para obter o aval da Doutrina, necessita de lhe guardar fidelidade aos princípios básicos.
Dentro em breve, a mediunidade, como faculdade inerente a todos os homens, se geralizará, como, aliás, já vem acontecendo teremos médiuns católicos, médiuns pentecostais, médiuns messiânicos, médiuns budistas, médiuns livres pensadores... Não nos espantemos. No Além, existem espíritos para toda a natureza de médiuns. A luta maior da Doutrina não será, pois, em defesa da tese da sobrevivência, mas, sim, para preservar as lições do Senhor que, infelizmente, vêm encontrando certa resistência por parte, inclusive, de alguns confrades espíritas.

Livro: Conversando com os Médiuns.
Espírito: Odilon Fernandes.
Médium: Carlos A Baccelli.

A MEDIUNIDADE DA PALAVRA

Não nos esqueçamos de que somos todos médiuns da palavra, no cotidiano. Todos nós, normalmente quando na carne, exercemos a mediunidade da palavra.
A palavra é a materialização do pensamento, é o somatório do que se pensa e do que se sente. Através da palavra, influenciamos, induzimos criaturas à ação, criamos oportunidades... através da palavra, norteamos ou desequilibramos, elevamos ou rebaixamos, iluminamos ou obscurecemos.
Todos os homens estão no exercício legítimo da palavra. O verbo na criatura encarnada é o que mais trabalha... O homem faz mais com os lábios do que com as mãos, daí o significado e a importância de se selecionarem os assuntos para conversação do dia-a-dia. É a palavra que move o mundo – a palavra escrita, a palavra verbalizada, a palavra da imagem televisiva que se propaga a longas distâncias, a palavra das ondas hertzianas, a palavra no livro, no gesto, na atitude...
“No princípio era o Verbo”, ou seja, no princípio era a Palavra. Deus criou através da palavra: ” Faça-se a luz, e a luz se fez”... A palavra tem poder criador. A mediunidade da palavra extrapola qualquer outro dom medianímico... Pode mais, inclusive, que todas as faculdades mediúnicas reunidas, porquanto todas elas estão a serviço da palavra, que, por sua vez, está a serviço da idéia, da idéia do bem, do belo, da justiça, da idéia do que é nobre alto e digno.
Reflitamos nisto e não esqueçamos de que, em nossa motivação diária, estaremos através da palavra, à semelhança de um espelho, refletindo o que pensamos, o que intelectualmente se processa dentro de nós, o que concebemos, o que assimilamos.
Importante direcionarmos todo e qualquer assunto para o bem e não nos afastarmos da Verdade, nem que seja da Verdade transitória; já que estamos longe da Verdade absoluta, pelo menos sejamos fiéis à Verdade relativa e que a palavra pelo menos nos exteriorize a intenção correta em favor de todos.
O Evangelho surgiu através da mediunidade da palavra... Jesus conversando com o povo, esclarecendo, contando parábolas, fazendo citações.
Meditemos e nos consideremos todos, principalmente quando na experiência física, médiuns no constante exercício da palavra. O que estará a nossa palavra refletindo? Luz ou sombra? Estará a serviço do bem ou do mal? Qual é a nossa aspiração, o nosso objetivo? O que pretendemos? Já se disse, com razão, que a palavra é o nosso retrato sonoro... Pelo que dizemos, nos revelamos, porquanto a palavra é constituída de vibrações que vão além de si mesma e além do próprio cuidado com que emolduramos o pensamento através do vocabulário.


Carlos A. Baccelli
Odilon Fernandes

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O ESPIRITA VERDADEIRO

O ESPÍRITA VERDADEIRO


O espírita verdadeiro, identificado que seja com o Evangelho, é gente muito boa.

É gente humilde, simples, incapaz de magoar a quem seja.

É gente que não derruba a quem, com dificuldade, esteja procurando se firmar de pé, nem se nega a estender a mão a quem lute para se levantar da queda.

É gente que não abre a boca para proferir o menor comentário desairoso sobre os outros, consciente que se encontra de suas imperfeições.

É gente que não faz insinuações maledicentes, não agride, não acusa, não faz campanhas difamatórias contra ninguém.

É gente diuturnamente preocupada com o bem que possa fazer aos semelhantes, não desperdiçando o tesouro do tempo com o que não lhe mereça a aprovação da consciência.

O espírita sincero é gente que fica triste quando não consegue adequar as próprias atitudes ao brilho de seu discurso.

É gente que sabe que não basta saber, porque amar, sim, é imprescindível!

É gente que não disputa o poder, que não ambiciona ganho pessoal abusivo, que não busca vencer à custa do fracasso de quem elege por rival de suas aspirações.

É gente que não se mancomuna com o mal e que, por mais proveitosa, rejeita toda aliança com as Trevas.

É gente que costura para os pobres, que faz sopa, que providencia remédio para os doentes... É gente que dá passes – é gente que ora! É gente que ainda acredita no poder do copinho de água magnetizada... É gente que escreve o nome de alguém no caderno de vibrações do centro espírita, rogando a intercessão do Alto em favor desse alguém!

É gente alegre, dessa alegria boa que contagia o coração de todos, e que os leva a sorrir mesmo quando queiram permanecer de cara trancada.

É gente espontânea, que, à procura do essencial, não se perde nos detalhes.

O espírita que tenta fazer jus à sua condição de discípulo da Verdade, é gente da qual todos sentem tanta falta – quando desencarna ou quando, simplesmente, se vai de nossa presença, privando-nos de sua luz e de sua bondade.

É gente que nos dá segurança, que nos alimenta a fé, que nos incentiva a sermos melhores do que somos...

É gente que nos olha com ternura e, sem uma única palavra, embora se esforçando para aparentar pequenez, nos faz perceber de quanto precisamos ainda crescer para sermos qual ele, ou ela, é.

* * *

Eu tive a felicidade de conhecer alguns espíritas assim, desses que me parecem cada vez mais raros entre nós, mas que – graças a Deus! – ainda existem!

São difíceis de encontrar, porque não aparecem nos jornais, não se mostram na televisão, não disputam cargos de liderança – até na maneira de se trajar são anônimos! Chamam-se simplesmente José ou Maria, Aparecida ou Joaquim, Teresa ou Chico...

Ah!, e por falar em Chico, eu conheci um que era uma “estrela”, mas passou a vida inteira repetindo que era um “cisco”...

Você o conheceu? Não! Que pena! Até aqui, onde estou agora, eu tenho saudades dele!...

O Espiritismo, na Terra, sem ele, ficou pobre!

INÁCIO FERREIRA

Uberaba - MG, 5 de janeiro de 2010.

ILUMINAI-VOS

ILUMINAI-VOS...> > Amados filhos e filhas de minha alma, que estagiam na matéria.> Deus sê convosco, e o amor do mestre nazareno sê o vosso guia...> Enfrentais agora momentos derradeiros , a definir vosso progresso milenar. A Psicosfera do planeta , urge de vos outros emanações de amor, carinho, fé, pois ela sufocada por vossas imprecações, vida após vida, séculos seguidos , ja não suporta mais tanto disabor vibratório.> A terra luta para se livrar destas pestilencias à ela lançada pór vossos espiritos desavisados.> O mestre Jesus, esteve entre nós a mais de dois mil anos, a boa nova trazida pelo espirito Veredade ja entre nos a mais de cento e cinquenta anos, e ainda permacesse que muitos são chamados e poucos os escolhidos.> As paixões terrenas ainda imperam de forma animalesca em seus corações, fugis do doce chamamento do mestre para retornar ao seu convívio...> Filhois e filhas, atentai.... se aproxima o momento de renovação, e o planeta estrará na senda do reequilíbrio. Aceitai o chamado, façais do evangelho vosso farol, dissipai as brumas do vosso ser, "VINDE A MIM TODOS VÓS QUE SE SENTEM FATIGADOS, e eu eu vos aliviarei , pois meu jugo é leve e suave....." nos diz jesus incansavelmente durante as eras.> Mas as palavras do mestre se tornam insalubres pois ainda se encontram nas regiões sombrias da porta larga, nas algazarras que fazeis, junto de vossos irmãos desencarnados, dando ênfase ás drogas , prostituiçoes, assassínios, desamores, exílios de pais...> Vê-de as nuvens negras sobre vossas cabeças filhos amados, corre, ide ao encontro do pai que vos espera com lágrimas a escorrer-lhe na face....> E a cada um que supera a si mesmo é jubilo por toda a seara do amor.> Paz e LUz!> > IRMÃ CATARINA , SERVA DE DEUS , CARAVANEIRA DE MARIA.> > Mensagem recebida pelo médium Adilson Marques no dia 02/08/2009, as 6:30 da manhã, em momento de prece.