domingo, 15 de fevereiro de 2009
Livre Arbítrio
Conhecereis a Verdade e a Verdade vos tornará livre.O livre arbítrio é a faculdade que permite ao homemedificar, conscientemente, o seu próprio destino, possibilitando-lhea escolha, na sua trajetória ascensional, do caminho que desejar.Limitado a princípio, vai-se expandindo à medida que ohomem cresce em espiritualidade .Quanto mais evoluído o ser, mais amplo o seu livrearbítrio, maior o seu direito de fazer certas escolhas, no campo davida, assumindo assim, apouco e pouco, o comando definitivo de suaascensão .Livre arbítrio e responsabilidade individual desenvolvem-se, simultaneamente, no aprendizado humano.O homem de evolução primária tem o livre arbítriolimitado, restrito .Equivale ao sentenciado que a lei pune, semtransigências, submetendo-o à reclusão onde melhor convenha aosinteresses da lei e da sociedade.A sociedade e a lei não confiam nele .O homem de evolução mediana tem sua esfera deliberativamenos restrita.Corresponde ao recluso que, submetido à disciplina doscódigos, recebe dos códigos certas concessões, geralmente atribuídasaos que, no cumprimento de suas penas, demonstram boa vontade eobediência, respeito e compreensão.O homem evolvido é o ex-sentenciado, o que já selibertou e corrigiu .Provas e expiações, disciplinações e corretivos foram-lhe o caminho para a libertação definitiva.Nada mais deve à lei e colabora, na sociedade, para quese restaurem a justiça e a fraternidade, a harmonia e o progresso.E' livre para agir, porque discerne o bem do mal, averdade da mentira, a luz da sombra.Conhecendo a Verdade, a Verdade o fez livre.De sua atuação resultam o trabalho e a prosperidade, ofortalecimento e a segurança das peças que constituem, que formam omaquinismo das coletividades .Um dia, no curso dos milênios, o nosso livre arbítrio seharmonizará plenamente com a Verdade Total, com as deliberaçõessuperiores .Nesse dia saberemos executar, com fidelidade, opensamento do Cristo, Mestre e Senhor Nosso.* * *Nesse dia, do qual ainda distamos muito, diremos com oapóstolo da gentilidade: "Não sou eu quem vive, mas o Cristo quevive em mim."Tal se dará quando tivermos superado as imperfeições.Quando nos integrarmos, em definitivo, pelo coração epela inteligência, nos preceitos morais e fraternistas do Evangelho.Sem aquisições elevadas, com base nos ensinos do CelesteEnviado, a liberdade nos leva a quedas e fracassos, que redundam,geralmente, em clamorosos débitos e amargas expiações.Abusando da força - esmagamos os fracos .Exorbitando do poder, através da liberdade mal dirigida -oprimimos os humildes.Utilizando mal a inteligência - confundimos os menosesclarecidos.Se o livre arbítrio é faculdade que se origina, emprincípio, de aquisições intelectivas, o coração bem formadocontribuirá, sem dúvida, para que seja ele exercido segundo ospadrões da moral e da fraternidade, garantindo, no Grande Porvir, otriunfo do Espírito Imortal.O livre arbítrio do homem não evoluído é como um espelhoque o lodo das imperfeições desnatura, por algum tempo.O livre arbítrio do homem de evolução mediana é como umamadrugada que espera o beijo do Sol.O livre arbítrio do homem evolvido - do que se libertouda ignorância - é como a face tranqüila de um lago, onde serefletem, no esplendor de sua radiosidade, os luminosos raios doastro-rei.Martins Peralvaextraído do livro Estudando o Evangelho - À Luz do Espiritismo - FEB
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